BuscaPé, líder em comparação de preços na América Latina
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sábado, 31 de maio de 2008

Asma

“A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Em indivíduos susceptíveis esta inflamação causa episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto no peito, e dificuldade para respirar. A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos tais como alérgenos, irritantes químicos, fumaça de cigarro, ar frio ou exercícios”.

“Quando expostos a estes estímulos, as vias aéreas ficam edemaciadas (inchadas), estreitas, cheias de muco e excessivamente sensíveis aos estímulos”. (GINA – Iniciativa Global para a Asma)

Na definição acima, temos algumas pistas importantes sobre esta doença:

Doença inflamatória: – significa que seu tratamento deve ser feito com um antiinflamatório.
Doença crônica: – a asma não tem cura, mas pode ser controlada.
Indivíduos susceptíveis: – nem todas as pessoas têm asma; é preciso ter uma predisposição genética que, somada a fatores ambientais, determinam a presença da doença.
Episódios recorrentes de sintomas:- os sintomas não estão presentes o tempo todo, são as manifestações de uma piora da inflamação, esta sim presente cronicamente.
A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos: é a inflamação que deixa as vias aéreas mais sensíveis, o que confirma o importante papel da inflamação nesta doença.
Quando expostos a estímulos, as vias aéreas se tornam edemaciadas, estreitas, cheias de muco: - existem estímulos que desencadeiam as crises de asma. A presença destes estímulos, que também chamamos de desencadeadores, causa o inchaço, a presença de muco e o estreitamento das vias aéreas dificultando a passagem de ar, daí os sintomas da asma nos momentos de crise.

Fonte: Inside Midia, 2005

Os mecanismos que causam a asma são complexos e variam entre a população. Nem toda a pessoa com alergia tem asma e nem todos os casos de asma podem ser explicados somente pela resposta alérgica do organismo a determinados estímulos.

Se não for tratada, a asma pode ter um impacto significativo na qualidade de vida de uma pessoa. No entanto, se controlada, é possível levar uma vida produtiva e ativa.

Antigamente, a asma era chamada de bronquite, bronquite alérgica ou bronquite asmática. O nome asma estava vinculado aos casos mais graves. O nome correto é simplesmente ASMA.

A bronquite é, na verdade, a inflamação dos brônquios e diferente da asma pode ter sua causa bem definida, por exemplo, uma infecção por bactérias ou vírus. Também difere da asma por apresentar um tempo de início definido e poder ser totalmente tratada.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Após liberação, Brasil tem de criar massa crítica de pesquisadores de embriões


Para Alysson Muotri, cientista brasileiro no exterior, será preciso planejamento arrojado.Caso contrário, liberação dos estudos pode acabar não trazendo benefícios ao país.
Até que enfim terminou a prolixa votação do STF (Supremo Tribunal Federal) a respeito da polêmica pesquisa com células-tronco embrionárias humanas. Essa passou raspando e o momento quase virou vergonha nacional. Mas o que isso muda? Na lei nada; na prática, potencialmente muita coisa. Mas não vamos nos iludir, a lei brasileira ainda é bem conservadora, comparada com outros países. Por exemplo, só podemos usar embriões inviáveis ou congelados por mais de três anos. Ora, essa é a pior matéria-prima que se pode obter, pois já foi mostrado que células-tronco derivadas nessas condições não são as de melhor qualidade. Mas é um começo e devemos permanecer otimistas. Temos a chance de estudar os primeiros capítulos do desenvolvimento embrionário humano pela primeira vez na história da humanidade. As conseqüências desse aprendizado serão enormes. Descobriremos a causa de uma série de síndromes genéticas, aprenderemos como acontecem malformações durante a gestação, como o câncer progride e invade outros tecidos, entre outras tantas questões sem resposta. Além disso, podemos usar as células-tronco embrionárias humanas para testar drogas contra doenças em que o modelo animal não recapitula os sintomas presentes nos pacientes. Cientistas de diversas áreas que estavam, até então, flertando com a nova tecnologia, mas receosos de começar algo correndo o risco de ficarem ilegais, podem agora iniciar suas pesquisas com células-tronco embrionárias humanas. A idéia de ter diferentes grupos de pesquisa entrando nessa área deverá estimular inovações técnicas e aumentar a massa crítica no país. Aliás, massa crítica torna-se agora o problema principal dos cientistas brasileiros pró-células-tronco embrionárias humanas. Com praticamente nenhum grupo trabalhando com essas células no país, temos que correr atrás do prejuízo de forma organizada. Para que isso ocorra, é necessário um planejamento arrojado, visando principalmente, a formação de mão-de-obra capacitada. Talvez a melhor maneira de se atingir isso em tempo recorde seja o estímulo de trabalhos temporários em laboratórios que dominem a tecnologia no exterior. Sem massa crítica e profissionais qualificados, financiamento é desperdício de recursos. E com a queda do dólar e saída do Brasil da área de risco, atraindo investimentos estrangeiros, temos grande chances de ganhar investimentos em biotecnologia. Uma pena também não termos profissionais suficientes para auxiliar nessa transação (estamos perdendo oportunidades para a Índia...). Mas, no fim, acho que isso vai ser um bom estímulo. Supondo que consigamos formar essas pessoas e que, em dois ou três anos, tenhamos alguns grupos dominando a tecnologia. O que o Brasil poderia fazer para se destacar internacionalmente? Essa é uma pergunta difícil, mas minha aposta é que deveríamos formar grupos para estudar assuntos ou doenças específicas. Infelizmente, isso esbarra em dois tradicionais entraves da ciência brasileira: a falta de cooperação entre os grupos e a estabilidade do pesquisador. A estabilidade é um câncer metastático complicado de se combater, mas o clássico isolamento do cientista brasileiro pode ser quebrado com organização e foco. Veja o exemplo do projeto genoma do amarelinho liderado pela FAPESP. Outra área interessante será o uso das células pluripotentes induzidas por reprogramação genética (também conhecidas como iPS, em inglês). Ao contrário do que andam divulgando por aí, essas não são células-tronco adultas ou maduras – são bem parecidas com as embrionárias, por sinal. E, justamente por serem similares, os poucos grupos de pesquisa que estão conseguindo desenvolver células iPS são grupos que possuem experiência prévia com as embrionárias humanas. Ou seja, para se chegar nas iPS é preciso cultivar as células-tronco embrionárias humanas antes. Mas não se iluda, leitor, as iPS só foram descritas há pouco mais de dois anos e se tiver que surgir um produto terapêutico derivado de células-tronco pluripotentes, esse será derivado das embrionárias humanas. Concluindo, esse é apenas o começo de uma longa jornada de descobertas científicas em que o Brasil tem um enorme potencial de se tornar um importante contribuinte. A comunidade científica deve sim comemorar essa conquista, junto com milhares de pacientes com doenças incuráveis e seus familiares. E a população brasileira deve ficar orgulhosa desse resultado, pois o Brasil optou pelo conhecimento. Tenho esperança de que um dia conseguiremos achar a cura para uma série de doenças humanas, e o melhor modelo atual são as células-tronco embrionárias. Enquanto não chegamos lá, vamos aprender o máximo sobre essas doenças e buscar alternativas para uma melhor qualidade de vida dos portadores.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Estudo comprova eficácia da yoga para melhorar dores crônicas nas costas

Pesquisadores americanos compararam técnica oriental com outros tipos de exercício.Eficácia da yoga foi melhor que a dos demais; é importante ter professores especializados.

Um novo estudo demonstrou que a prática da yoga pode ser mais eficiente do que os exercícios convencionais para os que sofrem de dor nas costas. A pesquisa foi realizada por um grupo de cientistas da Universidade de Washington, em Seattle (EUA). As dores crônicas nas costas podem se tornar um fator limitante para os que sofrem desse mal, e que muitas vezes dependem de analgésicos para realizar suas atividades do dia-a-dia. A prática de exercícios como maneira de aliviar as dores das costas está comprovada, porém até hoje não existiam estudos que demonstrassem superioridade de um tipo de exercício sobre outros. Os pesquisadores dividiram um grupo de cem pacientes com dor crônica nas costas em três grupos menores. O primeiro grupo fez exercícios convencionais, como alongamento, treinamento de força e aeróbicos. O segundo participou de aulas de yoga e o terceiro somente recebeu orientações sobre cuidados. Após três meses, o grupo da yoga desempenhava melhor suas atividades diárias e também necessitou de doses menores de analgésicos. Os benefícios se mantiveram na reavaliação, seis meses após o início da pesquisa. Os médicos alertam que, se alguém quiser optar pela yoga para tratar de suas dores, deve procurar um professor que esteja habituado a trabalhar com alunos com esse problema.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Novo repelente pode ser três vezes mais eficaz para afugentar mosquitos

Grupo achou moléculas ao vasculhar antiga biblioteca de substâncias com computador.Tecido borrifado com substância conseguiu afastar insetos durante mais de 70 dias.


Tremei, Aedes aegypti. Pesquisadores liderados por Alan Katritzky, do Departamento de Química da Universidade da Flórida em Gainesville (EUA), descobriram que vários tipos de produtos químicos podem se transformar em super-repelentes de mosquitos, pelo menos três vezes mais potentes do que o DEET, substância mais usada para esse fim nos últimos 50 anos.

A pesquisa, que está na edição desta semana da revista científica "PNAS", uma das mais prestigiosas do mundo, não poderia ser mais simples. Os especialistas da Flórida usaram uma biblioteca de substâncias já conhecidas por seu potencial repelente. São as chamadas N-acilpiperidinas, moléculas que possuem afinidadas químicas com o princípio ativo da pimenta.

Com a ajuda de análises computacionais, eles passaram um pente fino numa lista de 200 desses compostos, tentando prever quais deles seriam os melhores repelentes. Chegaram a um conjunto de 34 substâncias, as quais foram testadas em laboratório com a ajuda de dois voluntários humanos, um homem e uma mulher.

**Braço na gaiola

O teste envolvia cobrir o antebraço dos voluntários com um tecido fino, borrifado com o candidato a repelente, e enfiá-lo numa gaiola repleta de mosquitos Aedes aegypti (criados em laboratório e, portanto, incapazes de transmitir dengue ou febre amarela). A eficácia de cada substância era medida pelo tempo (em dias) necessário para que as moléculas deixassem de fazer efeito.

A boa surpresa é que, enquanto o efeito do DEET desaparecia em 17,5 dias, alguns dos novos compostos ainda mantinham os mosquitos à distância após 70 dias de uso. Se novos testes em humanos derem certo, a humanidade terá uma nova e poderosa arma contra os insetos transmissores de doenças.


segunda-feira, 26 de maio de 2008

Homem tem dedo regenerado com pó feito da bexiga do porco

O material, chamado de matriz extracelular, é usado principalmente em cavalos.Segundo Lee Spievack a recuperação demorou quatro semanas.

Em um acidente em 2005 com a hélice de um avião de aeromodelismo, Lee Spievack, de 69 anos, perdeu a parte superior do dedo médio da mão direita em um acidente. O corte foi acima da unha e atingiu até o osso. Hoje, não há sinal do ferimento. Spievack revela que a regeneração do dedo foi resultado de um tratamento com um pó feito da bexiga do porco, usado em tratamentos veterinários.
Spievack conta que resolveu falar da recuperação para que as pessoas saibam que existe algo mais e para homenagear o irmão, o veterinário Allan Spievack, que morreu há dois meses. Foi Allan quem indicou o uso do produto. O material, chamado de matriz extracelular, é usado principalmente em cavalos, na regeneração de partes feridas.

Lee Spievack diz que, todos os dias, lavava o ferimento e usava o pó na ponta do dedo. Depois fechava com um curativo. Ele conta que, já no primeiro dia, percebeu que a cor da pele em voltado ferimento começou a mudar, ficando mais clara.

Depois, além da cicatrização, ele notou que o dedo estava também crescendo, voltando ao tamanho original. Em quatro semanas, o dedo tinha recuperado a pele, a unha, o osso, os vasos sanguíneos, os movimentos, a sensibilidade e até a impressão digital.

"As únicas diferenças”, ele diz, “são que a pele nova não é tão ressecada como a antiga e que a unha regenerada cresce mais que as outras. Preciso cortar quase todos os dias”.

O tratamento, que parece milagroso, começou nos laboratórios da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, e é o resultado de mais de 20 anos de trabalho de pesquisadores. Foram eles que descobriram que as células internas da bexiga e do intestino do porco podem virar um pó com uma capacidade regeneradora jamais vista até hoje. É este pó que pode trazer esperança a milhões de pessoas amputadas no mundo todo.

O cientista Stephen Badylak, responsável pela matriz extracelular, diz que apesar dos anos de pesquisa e de saber que o material tem uma excelente capacidade de regenerar tecidos, ficou muito surpreso com o resultado no dedo de Lee Spievack.

"A regeneração de tecidos não é rara em crianças de 1 ou 2 anos, mas não é comum em pessoas de 60 anos. Não sabíamos se era efeito do material ou processo natural do corpo. Mas aí pensamos: já aconteceu com dois pacientes idosos, não pode ser apenas sorte", diz o cientista.

Segundo Badylak, isso não significa que o pó seja a solução para todos os problemas de pessoas amputadas. Um teste com a matriz extracelular é feito em soldados que voltaram da guerra do Iraque e do Afeganistão com os dedos das mãos amputados.

Badylak diz que em seis ou doze meses será possível avaliar o resultado do estudo. A notícia do dedo regenerado correu o mundo e levantou a suspeita de muitos médicos e cientistas.

Stephen Badylak diz que o ceticismo é saudável. É isso que faz com que os pesquisadores tenham que provar, dentro dos laboratórios, a eficácia de novas descobertas.

Para dar outro passo, que é crescer dedos, coração ou fígado, será preciso combinar células-tronco, matrizes e remédios na hora certa e no lugar certo.

Lee Speivack diz que não se importa que os outros não acreditem e conclui: "Eu posso te dizer com toda a certeza, talvez eu não viva para ver o pó sendo usado por todos. Mas você e as pessoas mais jovens do que eu, verão”.




quarta-feira, 21 de maio de 2008

Falta de sono deixa funções cerebrais instáveis, diz estudo


Sem dormir, função cérebral oscila entre respostas rápidas e lentas a estímulos visuais.

Um estudo conduzido por pesquisadores americanos e cingapurianos apontou que a falta de sono torna as funções cerebrais instáveis.

Os pesquisadores, da Duke University e da Universidade Nacional de Cingapura, afirmaram que mesmo estando privado de sono, o cérebro pode operar normalmente por certo tempo, mas em seguida responde lentamente diante de estímulos que requerem atenção e interpretações visuais.

"Os períodos de funcionamento aparentemente normal do cérebro podem dar falsa idéia de competência e segurança, quando, de fato, a inconstância cerebral pode ter conseqüências horrendas", disse o coordenador da pesquisa, Michael Chee.

Segundo os especialistas, quando privado de sono, o cérebro pode processar processos visuais simples, como enxergar painéis luminosos.

No entanto, as "áreas visuais maiores" do órgão - responsáveis por dar sentido ao que vemos - não funcionam muito bem.

"É aí que reside o perigo da abstinência do sono", acrescentou o pesquisador.

Apagão:

Para testar a teoria, os especialistas usaram uma técnica de ressonância magnética que mediu o fluxo sangüíneo cerebral de um grupo de voluntários. Essa medida serviu como um termômetro da atividade cerebral.

Parte dos participantes teve boa noite de sono enquanto a outra passou a noite em claro. Eles tinham de identificar letras maiúsculas e minúsculas que piscavam em um painel.

Os pesquisadores observaram que voluntários de ambos os grupos viam as letras, mas os que estavam sem dormir tiveram mais dificuldades de identificar as diferenças de tamanho.

Os pesquisadores acreditam que os resultados têm implicações diretas nas rotinas de pessoas que trabalham durante a noite, como motoristas de caminhão e médicos.

"A maior descoberta é que o cérebro de um indivíduo privado de sono pode trabalhar normalmente, mas algumas vezes sofre de algo parecido com um apagão", disse Clifford Saper, da Universidade de Harvard.

A pesquisa foi publicada na revista especializada Journal of Neuroscience.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Cientistas produzem 'primata transgênico' para pesquisas

Macacos foram criados com gene para desenvolver doença de Huntington.Camundongos geneticamente modificados já são comuns na ciência há alguns anos.
Cientistas do Centro Nacional de Pesquisas sobre Primatas Yerkes da Universidade Emory em Atlanta (EUA) produziram macacos resos (Macaca mulatta) com o gene causador da doença de Huntington, síndrome caracterizada pela perda progressiva da capacidade cognitiva e dos movimentos. É o primeiro passo para a utilização de primatas transgênicos nas pesquisas sobre neuropatologias. O trabalho foi publicado ontem no portal da revista "Nature".

“Camundongos geneticamente modificados já são utilizados para esse fim, mas seu sistema nervoso é muito diferente do nosso”, diz Luiz Eugenio Mello, professor de fisiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Os roedores nos ensinaram várias coisas sobre diabete, câncer e doenças cardíacas”, explicou Anthony Chan, co-autor da pesquisa. Mas, em sua avaliação, será preciso, a partir de agora, dar mais ênfase às pesquisas com primatas. “Com eles, damos um passo importante, pois são mais parecidos conosco.”

Para inserir o gene da doença de Huntington em 130 ovócitos - células que dão origem ao óvulo - retirados de macacas, os pesquisadores utilizaram lentivírus, uma família de vírus caracterizada pelo ciclo vital lento. Os mesmos microrganismos também serviram como vetores para um gene que produz proteína fluorescente verde. Dessa forma, a criação de animais que brilham no escuro comprova o sucesso do procedimento.

Chan está confiante. Para ele, os resultados do experimento são algo mais do que uma prova da viabilidade dessa linha de pesquisa. “Agora, nós já sabemos que macacos podem ser modificados geneticamente com sucesso e apresentar reações muito semelhantes, até mesmo idênticas, às dos pacientes humanos. Nenhum outro animal faz isso”, afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Cobre pode ser usado para evitar infecções, diz agência americana

Esta quinta (15) é o Dia Nacional de Combate à Infecção Hospitalar.Agência de Proteção Ambiental dos EUA disse que cobre tem propriedades bactericidas

Nesta quinta-feira, o Brasil lembra o Dia Nacional de Combate à Infecção Hospitalar e no futuro essa causa pode passar a contar com um novo aliado: o cobre. A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos declarou que o metal tem propriedades bactericidas e pode ser usado para evitar infecções.

O cobre já era usado largamente por povos antigos na medicina. “Os egípcios faziam uso do cobre para esterilizar a água potável, assim como para curar feridas. Hipócrates, o médico grego do século 5 a.C, que deu origem ao juramento hipocrático, curava as feridas abertas e as irritações cutâneas usando cobre. Os romanos também identificaram uma série de doenças nas quais o cobre era a cura ou o tratamento. Do mesmo modo, a cultura asteca mitigava dores de garganta com o cobre”, explicou Miguel Riquelme, diretor da Associação Internacional do Cobre, entidade americana que divulga os usos do metal.

A Associação foi a responsável por apresentar a “candidatura” do cobre à agência ambiental americana. Nos testes realizados, ligas com cobre de alta pureza eliminaram mais de 99,9% das bactérias em um período de exposição de duas horas. E mais, o cobre seguia eficiente, mesmo após repetidas contaminações durante um período de 24 horas.

Segundo o médico Guillermo Figueroa, da Universidade do Chile, essa certificação pode ser importante porque umas das principais fontes de infecção são as superfícies próximas dos pacientes, como móveis, grades, equipamentos de monitoração e lavatórios. Se essas áreas pudessem ser recobertas por uma liga metálica antibactericida, o nível de infecção hospitalar poderia diminuir bastante.

“As superfícies de ligas de cobre antimicrobianas também são mais duráveis que outros revestimentos elaborados com materiais químicos, que podem desgastar-se ou rachar”, disse Figueroa.

O registro da agência americana indica que mais de 300 ligas de cobre podem ser usadas em superfícies secas para evitar contaminação. Não há, até hoje, nenhum outro metal com características parecidas.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Pesquisa brasileira obtém vaso capilar a partir de célula umbilical

Vasos foram obtidos a partir das células de revestimento interno das veias.Feito pode ajudar pacientes com problemas cardíacos e com diabetes.

Pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), em parceria com a Santa Casa de Misericórdia de Curitiba e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio, conseguiram criar, em laboratório, vasos capilares a partir de células endoteliais (de revestimento interno das veias) extraídas das células-tronco do sangue do cordão umbilical. “Da forma como temos, é algo inédito”, afirmou o professor Paulo Brofman, coordenador da pesquisa de doutorado de Alexandra Senegaglia.
Com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Secretaria de Ciência e Tecnologia de Insumos do Ministério da Saúde, Alexandra conseguiu desenvolver um meio de cultura, formado por diversos fatores de crescimento, que estimularam a diferenciação da célula e sua multiplicação. A expectativa é que possa contribuir no tratamento de doenças isquêmicas, principalmente do coração e dos membros inferiores em portadores de diabete. A pesquisa foi desenvolvida nos últimos quatro anos e está agora em fase pré-clínica, com a utilização de animais.

Segundo os pesquisadores, a grande aposta da ciência e da terapia celular é na tentativa de regeneração de órgãos. Por isso, desenvolvem-se diferentes estudos com células-tronco, procurando as células específicas para cada caso ou, como neste, as células endoteliais que formam os vasos capilares. De acordo com Alexandra, os experimentos mais comumente realizados utilizam células mononucleares da medula óssea, das quais são separadas as células-tronco.

No entanto, elas possuem menos de 0,05% de células progenitoras endoteliais (células-tronco com potencial para dar origem a uma célula endotelial adulta) e carregam diferentes tipos celulares que podem diminuir a efetividade do transplante, podendo ainda gerar reações adversas. Por isso, a pesquisadora optou por trabalhar com o sangue do cordão umbilical, que possui 0,6% de células progenitoras endoteliais.

Os testes com animais devem se encerrar no segundo semestre e, provavelmente no próximo ano, será solicitada à Comissão Nacional de Ética e Pesquisa a autorização para análise em pacientes. A pesquisa foi premiada, em abril, como o melhor trabalho do ano pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, durante o congresso brasileiro, em São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


terça-feira, 13 de maio de 2008

Bactérias também podem ter várias 'personalidades', dizem cientistas

Micróbios 'funcionam' de maneira diferente mesmo quando são clones uns dos outros.Seres vivos parecem ter mecanismo interno para gerar diversidade.
Nós, humanos, somos diferentes uns dos outros em infinitos aspectos. Somos tímidos e ousados, sardentos e branquelos, caminhoneiros e cabeleireiros, budistas e presbiterianos. Podemos morrer de câncer na terceira série ou viver um século. Temos impressões digitais.



Cientistas têm uma compreensão limitada de como surge essa diversidade. Algumas delas resultam das diferentes experiências que temos, do nosso período no ventre materno, passando pela infância, até a idade madura. Essas influências incluem coisas como os livros que lemos e o ar que respiramos. Nossa diversidade também tem origem em nossos genes – as milhões de diferenças tipográficas entre um genoma e outro.

Damos muito mais mérito à natureza do que à formação quando se trata de individualidade. É por isso que a idéia de clones reprodutivos causa tanto horror. Se genes significam identidade, então uma pessoa que carrega o DNA de outra não tem identidade própria.

Equívoco de pensamento

No entanto, há um grande equívoco nesse modo de pensamento, que não nos permite enxergar como a biologia – humana ou não – realmente funciona. Um ótimo exemplo que refuta esse raciocínio é a E. coli, uma espécie de bactéria que vive aos milhões no intestino de cada pessoa, inofensivamente. Uma E. coli típica contém cerca de 4 mil genes (nós temos cerca de 20 mil).

Alimentando-se de açúcares, o microrganismo cresce até que esteja pronto para se dividir em dois. Ele produz duas cópias de seu genoma, quase sempre conseguindo criar cópias perfeitas do original. O microrganismo individual se divide em dois, e cada nova E. coli recebe um dos idênticos genomas. Essas duas bactérias são, em outras palavras, clones.

Portanto, obviamente, a E. coli seria só natureza e nada de formação. Uma colônia descendente de uma única ancestral E. coli é composta somente de bilhões de primos idênticos, todos reagindo ao mundo com o mesmo conjunto de genes. Por mais que soe plausível, isso está longe de ser verdade. Uma colônia de bactérias E. coli geneticamente idênticas é, na verdade, uma multidão de indivíduos. Em condições idênticas, vão se comportar de formas distintas. Elas têm impressões digitais próprias.

Cada qual com um gosto

Em circunstâncias idênticas, alguns clones se cobrem de pêlos pegajosos que lhes permitem grudar em células hospedeiras, enquanto outros permanecem pelados. Alimente uma colônia de E. coli com lactose (o açúcar presente no leite) e algumas vão responder sugando a substância através de canais especiais e digerindo-a com enzimas especiais. Outras vão torcer seus narizes microbianos.

Essas peculiaridades da personalidade das E. coli podem representar a diferença entre a vida e a morte para a bactéria. Em tempos de estresse, alguns membros da colônia reagem produzindo milhares de moléculas tóxicas e depois explodem, matando as bactérias que não são da família. No entanto, seus clones companheiros sobrevivem e se desenvolvem com a ausência de competição.

Alguns vírus deslizam para dentro das E. coli através de um dos vários tipos de canais em suas membranas. Em uma colônia de bactérias geneticamente idênticas, algumas podem estar cobertas desses canais, como uma almofadinha de alfinete. Outras não têm nada disso. Os vírus vão matar os clones vulneráveis, enquanto outros clones sobrevivem.

Impacto humano

As peculiaridades das E. coli também podem representar uma questão de vida ou morte para nós. Algumas variações delas causam infecções no intestino, na bexiga, no sangue e até mesmo no cérebro. Em muitos casos, os médicos tentam matar as bactérias com antibióticos, que perturbam as atividades normais de seus genes e proteínas. Em uma colônia de E. coli susceptível, um antibiótico poderoso irá exterminar a maioria das bactérias, mas não todas. Algumas sobreviverão.

As sobreviventes escapam da morte porque estão presas em um estranho estado chamado de persistência. Elas quase não produzem proteínas e crescem muito pouco, quando crescem. Antibióticos não conseguem eliminar as bactérias persistentes porque não há nada nelas para atacar. A diferença entre células normais e persistentes pode ser encontrada em seu DNA. Depois que células persistentes sobrevivem ao ataque de antibióticos, algumas de suas crias voltam ao ritmo de crescimento normal e refazem a colônia. A maioria de seus descendentes serão bactérias E. coli normais. Mas algumas serão persistentes. A colônia continua sendo o mesmo grupo heterogêneo de clones.

A chave para entender as “impressões digitais” das E. coli é reconhecer que as bactérias não são máquinas simples. As moléculas de E. coli são flexíveis, agitadas e imprevisíveis. Em um aparelho eletrônico, como um rádio ou um computador, os elétrons fluem em uma corrente estável através dos circuitos da máquina, mas as moléculas de E. coli colidem entre si e perambulam. Quando uma E. coli começa a usar um gene para fabricar uma proteína, não produz uma quantidade crescente e regular. Ela explode, jorrando as proteínas segundo suas variações de humor. Um clone pode produzir meia dúzia de cópias de uma proteína em uma hora, enquanto o clone vizinho não produz nenhum.

Brilho variável

Michael Elowitz, físico do Caltech, demonstrou essa situação em um refinado experimento. Ele e seus colegas estimularam as E. coli a produzir suas proteínas para se alimentar de lactose. Elowitz e seus colegas adicionaram genes extras às bactérias para que, quando elas produzissem proteínas digestivas de lactose, também emitissem luz.

As bactérias, descobriu Elowitz, não produziram um brilho uniforme. Elas tremeluziam, às vezes vivamente, às vezes de forma leve. E quando Elowitz fotografou a colônia, ela não era um mar de luzes uniforme. Alguns microrganismos estavam escuros, enquanto outros brilhavam com intensidade.

Modelos matemáticos sugerem que as E. coli usam o ruído como uma forma de se protegerem. Uma colônia de E. coli não pode simplesmente esperar até que esteja submersas em antibióticos para passar à persistência. As bactérias estariam mortas antes disso. Em vez disso, o ruído faz com que algumas delas se tornem persistentes. Se elas forem derrubadas pelos antibióticos, pelo menos algumas irão sobreviver. Se os antibióticos nunca aparecerem, a maioria das bactérias poderá continuar a crescer e se dividir.

Regra universal: ser diferente

As E. coli parecem seguir uma regra universal. Outros microrganismos exploram o ruído, assim como o fazem as moscas, as minhocas e os seres humanos. Algumas das células fotossensíveis dos nossos olhos são ajustadas para luz verde e outras para luz vermelha. A escolha é uma questão de sorte.

Nos nossos narizes, células nervosas podem escolher entre centenas de tipos diferentes de receptores olfativos. Cada célula escolhe um, e evidências sugerem que a escolha é controlada pela explosão imprevisível de proteínas dentro de cada neurônio. É muito mais econômico deixar o ruído tomar a decisão do que fazer proteínas que possam controlar centenas de genes individuais de receptores olfativos.

Genes idênticos também podem se comportar de maneiras distintas em nossas células porque um pouco do nosso DNA está coberto por átomos de carbono e hidrogênio chamados de grupos metila. Esses grupos podem controlar se os genes fazem proteínas ou permanecem em silêncio. Em humanos (assim como em outros organismos, como as E. coli), esses conjuntos às vezes se separam do DNA ou se ligam a novos pontos. O acaso puro pode ser responsável por alterar alguns deles; nutrientes e toxinas podem mudar outros.

Clones desiguais

Esses padrões diferentes também são a razão pela qual clones de humanos e animais não podem nunca ser réplicas perfeitas. O DNA de um gato pardo chamado Rainbow foi usado para criar o primeiro gatinho clonado, chamado de Cc. Mas Cc não é uma cópia xerox de Rainbow. Rainbow é branco com manchas marrons, bronze e douradas. Cc tem listras cinzas. Raibow é tímido. Cc é extrovertido. Rainbow é pesado e Cc é elegante.

A individualidade das E. coli deveria ser, no mínimo, um aviso para aqueles que resumem a natureza humana a qualquer forma de puro determinismo genético. Seres vivos são mais que simples programas executados por softwares genéticos. Até mesmo em microrganismos minúsculos, os mesmos genes e a mesma rede genética podem levar a destinos diferentes.

sábado, 10 de maio de 2008

Aplasia de Medula Óssea

nformações da Associação Brasileira de Aplasia de Medula Óssea

Sobre a Doença

A aplasia de medula óssea, é uma doença rara e extremamente séria, que resulta da falência da medula óssea (órgão responsável pela produção do sangue) em produzir células sangüíneas.

A parte central dos ossos é preenchida por um tecido esponjoso, conhecido como medula óssea. A medula é, essencialmente, o órgão produtor das células sangüíneas, que se dividem basicamente em três grupos:

  • Células vermelhas:
    São as células que transportam o oxigênio dos pulmões para todas as partes do corpo;
  • Células brancas:
    São as nossas células de defesa. Estas têm a função de proteger o organismo contra infecções, atacando e destruindo os germes;
  • Plaquetas:
    São as células responsáveis pela coagulação do sangue. São elas que controlam os sangramentos, formando os coágulos nas áreas lesadas.

A produção das células sangüíneas é necessária durante toda a vida, pois cada uma dessas células tem duração limitada e necessita ser reposta continuamente. Assim, quando a produção dessas células não ocorre em função da falência da medula óssea, tornando muito baixos os níveis dessas células no sangue, háo aparecimento de sintomas como palidez (anemia), sangramento e infecções graves que colocam o indivíduo sob risco de vida.

Existem basicamente dois tipos de aplasia de medula: as adquiridas (normalmente relacionadas com infecções, uso de medicamentos, contato com inseticidas, derivados de benzeno etc.) e as congênitas, também conhecidas como anemia de fanconi (neste caso, existe um defeito genético conhecido, levando ao quadro de falência medular). Os tratamentos são diferentes.

O Diagnóstico

O diagnóstico de aplasia de medula quando os níveis sangüíneos estão diminuídos (contagem das células vermelhas, brancas e plaquetas). A confirmação do diagnóstico deve ser feita por médico-hematologista, que realizará os exames de avaliação direta da medula óssea: o mielograma e a biopsia de medula óssea, os quais consistem na retirada de uma pequena amostra da medula para exame microscópico. Para se conseguir essa amostra, faz-se uma punção com agulha dentro do osso. Este procedimento é rápido e poderá ser realizado no ambulatório ou no leito, caso o paciente esteja internado. Na aplasia de medula, o exame mostra uma diminuição das células da medula óssea.

O Tratamento

Já na fase inicial do tratamento é necessário que este seja especializado, dada a gravidade da doença.

Transfusões:

O paciente com aplasia de medula freqüentemente recebe transfusões, seja de concentrado de hemáceas (para correção de anemia grave) ou de plaquetas (em caso de sangramentos).

Antibióticos:

Em caso de febre (acima de 38C), procure imediatamente seu médico, pois ela pode indicar a existência de infecção. Nesta situação, o paciente será internado para receber antibiótico intra-venoso, tão logo quanto possível.

Isolamento:

Devido à diminuição das defesas do organismo, o paciente com aplasia de medula deve evitar o contato com pessoas doentes, recém-vacinadas e ambientes com aglomeração de pessoas.

Atividades:

A critério médico, o paciente deverá reduzir certas atividades que potencialmente podem trazer riscos de acidentes e, consequentemente, provocar sangramentos.

Transplante de Medula Óssea (TMO):

O TMO tem sido cada vez mais utilizado para pacientes portadores de anemia aplástica que têm um doador compatível. Este poderá ser realizado com a medula doada por um parente, geralmente irmão ou irmã. No entanto, as chances de se conseguir um doador compatível na família são pequenas. Neste caso, pode-se seguir em busca de um doador não aparentado através dos Registro de Doadores, porém o TMO utilizando doadores não aparentados encontra-se em fase experimental nas anemias aplásticas. Existem registros Internacionais de doadores de medula óssea. No Brasil, os registros existentes estão em Curitiba e São Paulo os quais estão, ainda, em fase de organização. O TMO consiste na retirada, mediante aspiração, de pequena parcela de medula do doador. O material é filtrado e transplantado através de injeção intravenosa para o paciente. O paciente, antes de receber a nova medula, receberá um tratamento com drogas e/ou radioterapia, destinado a destruir a medula doente. Ou seja, o transplante da medula óssea é a substituição da medula doente por uma medula sadia.

Tratamento com medicamentos:

O tratamento com medicamentos é uma decisão médica, caso o TMO não seja a melhor opção. Ele pode ser recomendado desde o início do tratamento, enquanto se procede a busca de um doador.

Os medicamentos utilizados são chamados drogas imunosupressoras que agem estimulando a produção de células sangüíneas pela medula óssea que está falida. Como exemplo, temos a ciclosporina (uso via oral) e o ATG (soro anti-timocítico de uso intravenoso). Estas drogas podem ou não ser utilizadas em associações. No caso da aplasia congênita (anemia de Fanconi), a medicação de escolha é o eximetolona (uso via Oral).

sexta-feira, 9 de maio de 2008

CHÁ - CAFÉ E CHOCOLATE, FUMO, E OUTRAS DEPENDÊNCIAS

Existem três substâncias naturais, de origem vegetal, que têm em comum um princípio ativo único, quimicamente denominado: Di ou Tri -Metil-Xantina. Dessa substância química existem três isômeros, os quais são denominados:

1 -
Teofilina , aquele encontrado no chá e caracterizado como: isômero 1-3 di metil xantina;
2 - Aquele contido no café e conhecido como Cafeina é o isômero 1-3-7 tri- metil xantina.
3 - Aquele contido no chocolate e chamado de Teobromina: isômero 3 - 7 di-metil xantina.

Suas propriedades farmacológicas, ou sejam, seus efeitos no organismo quando ingeridos ou injetados, são também similares, apenas diferindo em seus respectivos graus, porém todas as três são: EXCITANTES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL, VASO DILATADORAS E DIURÉTICAS.

Das três, tem maior grau de excitação sobre o Sistema Nervoso Central o Café, contido na planta conhecida por todos nós Brasileiro como cafeeiro e em Botânica denominada: Coffea arabica L. Delas, tem maior grau vaso dilatador o Chocolate que está contido na planta conhecida como cacaueiro - planta perene, arbórea, dicotiledônea, pertencente à família Sterculiaceae e ao gênero Theobroma; Por fim, tem maior grau de ação diurética o chá, cujo princípio ativo a Teofilina, está contido na planta arbustiva, em Botânica denominada Camellia sinensis, relacionado com as camélias ornamentais da família Theaceae, cultivado nas colinas tropicais.

Daquilo que antes foi afirmado, conclui-se que todas as três substâncias tem ação sobre o Sistema Nervoso Central, apenas sendo diverso esse grau, e característico para cada uma delas, e sendo precisamente essa a ação que confere aos consumidores dessas três substâncias a possibilidade de DEPENDÊNCIA PSÍQUICA , e NÃO FÍSICA SOMÁTICA.

Pela explicação anterior, deve-se ter intuído que as três substâncias portanto, podem e efetivamente causam VÍCIO, ou seja DEPENDÊNCIA, termos que são sinônimos.

Existem e são facilmente identificados os viciados no consumo de café (como nós Brasileiros), ou viciados em Chá como em geral o são os Ingleses) e viciados em Chocolate, como somos todos nós, principalmente agora nesta época do ano devido a Páscoa e ao Inverno, quando este consumo aumenta.

E já que falamos em Vício (Dependência), porque não falarmos na Maconha (Haxixe), e também, porque não, no Cigarro (Nicotina), já que muitas vezes para querer justificar a maconha (se é que é possível justifica-la), ela é comparada em seus malefícios àqueles causados pela Nicotina. Ambos, quer Maconha, quer Cigarro (e seus derivados, como Charutos, cigarrilhas ou cachimbos , enfim qualquer de suas variedades feitos com folhas de Fumo, são todos maléficos à saúde. Malefícios esses que são proporcionais à droga considerada , assim como à quantidade fumada por cada usuário viciado, e lógico: como também às condições físicas desse mesmo usuário.

Um aspecto pitoresco, se é que podemos chama-lo assim, é o que ocorre com os fumantes de cigarros ou charutos feitos com folhas de Fumo!!

Tal seja, além do vício em si, ou dele decorrente pelo fato do mesmo estar ainda liberado para consumo (embora haja já no mundo, e nos Estados Unidos em particular, campanha para torna-lo proibido), repito, o aspecto pitoresco é o fato facilmente observável por qualquer um de nós , é o malabarismo que o fumante executa com o cigarro, ou o charuto, durante o ato de fumar...; Desde o momento em que simplesmente tira-o do maço ou da cigarreira, batendo-o de encontro da cigarreira ou de seu respectivo maço; No ato de acende-lo e até no ato de aspirar e em seguida expirar sua fumaça, após a mesma ser tragada. Tais atos malabarísticos, que podem ser classificados como teatrais, e que variam de fumante para fumante, são o que fazem supor ser o vício do cigarro (Tabaco), causador de Dependência Física, quando efetivamente esses atos do fumante nada mais servem senão para chamar a atenção para ele próprio fumante , não inerentes ao cigarro, porém conseqüentes da personalidade do próprio fumante. Tais malabarismos é que conferem ao vício de fumar sua utilização em sociedade, pela teatralidade do ato.

Outra substância que também causa dependência é a Maconha, também chamada por Marijuana ou Marihuana nos países de língua espanhola, contida na planta denominada cânhamo, em Botânica denominada Cannabis sativa.

Continuo convicto, caso haja consenso para a liberação do tráfico da Maconha, com o pretexto de que com isso diminua seu uso, o que deverá ocorrer, é justamente o contrário, ou seja, aumento do número de seus usuários, e daí, os malefícios hoje sabidamente causados pela Nicotina contida nos cigarros e charutos feitos com folhas de fumo, se estendam também aos usuários da Maconha de forma mais intensa.

Com a liberação do uso de bebidas alcóolicas no mundo em geral , mesmo com restrição de seu uso para pessoas menores de idade, ocorre o que se vê hoje: Aumento crescente de alcoólatras, aumento de acidentes de trânsito causados por motoristas alcoolizados, aumento da criminalidade causada por indivíduos que se excederam na bebida, e um número crescente de conseqüências de sua liberação de uso e da liberação de seu tráfico.

Não desejo que pensem que ser eu, pessoalmente, uma pessoa sem vícios... Tenho-os também, como todos nós que somos humanos, porém, aqueles que infelizmente possuo, tenho-os controlados, tais como de beber um bom vinho moderadamente, beber e comer derivados de chocolate, beber também chá, enfim, os vícios menores, daquelas substâncias que embora causadoras de dependências, usadas com moderação não causam ou causam efeitos nocivos leves, facilmente reparados pelo próprio organismo sadio e bem nutrido.
Agora com respeito às demais drogas, inclusive com respeito a MACONHA, COCAÍNA E SUAS CONGÊNERES, acho-as todas DROGAS A SEREM PROSCRITAS E COMBATIDAS, TANTO EM SEU TRÁFICO QUANTO COM RESPEITO A SEUS USUÁRIOS.

Não são unicamente os usuários de drogas os prejudicados com seu uso, mas principalmente suas famílias, a sociedade como um todo, além do próprio País serem os maiores prejudicados, cabendo portanto aos poderes constituídos do governo, as medidas de vigilância e combate.

Se você deseja morrer brevemente, continue fumando, quer maconha, quer cigarro, é um direito (direito ?) que você tem; Porém se sua intenção é de suicídio, existem meios mais rápidos e eficientes...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

De Eva até hoje... será que mudou?

Lembrando do mês onde é comemorado o Dia Internacional da Mulher (08/03), a memória começa a fervilhar. Relembramos obstáculos transpostos e as conquistas daquelas que têm na alma a flexibilidade de construir bases sólidas em meio a efemeridade. A partir do mito de Eva, prestamos nossa homenagem e possibilitamos a reflexão a cerca do feminino que podemos cultivar dentro de nos mesmas. Quem não se lembra dela? Extirpada das costelas de Adão e submetida ao olhar do mundo como aquela que, provando do fruto da árvore da vida, cai em "tentação", fazendo com que os homens perdessem o direito ao paraíso. Parece tão distante e remoto, mas qual será o paradeiro da Eva? Contam as "más línguas" que ela ainda vagueia entre nós com outras formas, pois não podemos esquecer que Eva, agora, é 2000.

Através deste conto às avessas, a Psicóloga Adriana Marques e a Shiatsu-terapeuta Valéria Valmario, "levantam lebres" sobre as faces do feminino, sua trajetória, conquistas... ou serão perdas? Com o que nos deparamos por estes longos anos? O que a "Mulher 2000 traz de novo"? Para falar do novo, vale a pena relembrar alguns marcos de construção da identidade feminina. Num salto de milênios e gerações "Eva" protagoniza diversos papéis e lugares na história da Humanidade. Como num curta-metragem, após sua "expulsão do paraíso", "Eva" vive o papel de "Centro do Universo". Grande Mãe, geradora, com poderes para criar, plantar, cooperar e nutrir, sendo adorada e respeitada, possui o dito "Poder Biológico", na medida em que o homem ainda desconhecia sua função na reprodução. Segundo Rose Marie Muraro: "no período Neolítico o homem começa a dominar a sua função biológica reprodutora e, podendo controlá-la, pode também controlar a sexualidade feminina. Aparece, então o casamento como o conhecemos hoje em que a mulher é propriedade do homem e a herança se transmite através da descendência masculina..."(in O Martelo das Bruxas, introdução, p. 7). "Eva" retorna ao domínio doméstico, tendo como papel primordial gerar e gerenciar o crescimento de seus filhos.

Mudando de cenário, vemos "Eva" voltando ao domínio público, trabalhando nas grandes fábricas, insígnia da grande revolução "cultural"... Industrial. Acelerando a memória do feminino, surgem imagens marcantes como: "queima dos soutiens em praça pública, o surgimento dos anticoncepcionais, o Relatório Hite, as mulheres na política, a mulher e a Internet e tantas outras..." Transformação de papéis, de cenários, levando-nos a questionar ate'que ponto a mudança realmente se concretizou e concretiza no interior das mulheres atuais. Em palestras e em grupos de Encontro com Mulheres percebemos em sua fala um misto entre serem reconhecidas pelo seu próprio valor e a dificuldade em vivenciarem tal reconhecimento pela via material e do afeto. A separação surge quando o homem e a mulher disputam, dentro de uma mesma estrutura social, os mesmo espaços da mesma forma, sem diferenciá-los ou sequer buscar complementá-los. A busca da igualdade surge como forma de anulação da diferença a tal ponto que a revista Time, em capa no ano de 1992 anuncia: "Homens e Mulheres, nascem diferentes?"

Quando temos a mesma referência masculina de construção do universo, ficamos aprisionadas como "Eva", na eterna culpa de ter se mostrado diferente pela escolha da sabedoria. Na Sexualidade, por exemplo, vemos ainda hoje, mulheres apontarem o papel de "Mulher-Sedutora"como sinônimo de "mulher fácil" e, em contraposição, a "Mulher-Mãe" como "Santa". Algumas mulheres que vivenciaram a "Eva Mãe" foram gradativamente anulando as "Evas Sedutoras, Espiritualizadas, Intelectualizadas", como se todas as faces de um mesmo cristal não pudessem brilhar juntas, sem distinção, sem hierarquia. Todos os ângulos são importantes. Negar algum deles é mutilar uma faceta do feminino, gerando desequilíbrio. Questões interessantes para repensar como contribuímos para as novas gerações com as ideologias acerca do que é "ser mulher".

Percebemos que a maioria das mulheres constrói as suas conquistas a partir da força masculina (a competitividade, a força física, a ação racional, etc), ao invés de se utilizar dos instrumentos do próprio feminino ( a emoção, a reflexão, a introspecção, etc). Acabamos construindo uma sociedade que reforça o princípio masculino, tanto nos homens quanto nas mulheres. Continuamos a pagar pela escolha de colocar na sombra aquilo que também temos como ferramenta de vida - a essência feminina. Lutamos, às vezes, para sermos aceitas como "uma filha diante do pai" (em busca de amor). Conquistamos espaços, títulos, mas é como se um vazio ainda permanecesse... Enquanto necessitarmos sermos iguais, perderemos o encontro genuíno com a nossa diferença.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Antibióticos

Os antibióticos são agentes que enfraquecem ou destroem bactérias, utilizados para tratar vários tipos de infecções bacterianas. Os vários tipos de antibióticos atuam (1) evitando a ocorrência de uma infecção ou (2) combatendo uma infecção já existente.

As classes mais comuns de antibióticos são: aminoglicosídeos, macrolídeos, penicillinas, tetraciclinas, e cefalosporinas.

Os antibióticos podem salvar vidas quando prescritos apropriadamente. Contudo, o uso indiscriminado destes medicamentos possuem sérias consequências e podem se contrapor à sua utilidade. Nos últimos 50 anos, desde quando os antibióticos foram administrados pela primeira vez, várias cepas bacterianas tornaram-se resistentes aos antibióticos que anteriormente eram capazes de controlá-las ou destruí-las.

Apesar de terem sido encontradas na natureza ou produzidas quimicamente literalmente milhares de drogas antibióticas, relativamente poucas se mostraram seguras e eficazes.

As pessoas alérgicas a antibióticos devem comunicar este fato aos seus médicos, antes de serem submetidas a qualquer tratamento. Uma reação alérgica pode levar a um choque anafilático potencialmente fatal. Mesmo a mais tênue reação pode ser muito séria e deve ser acompanhada por um(a) médico(a).

Aminoglicosídeos

Agem interferindo com a formação de proteínas pela bactéria. São tipos de antibióticos aminoglicosídeos: gentamicina, amicacina e tobramicina. Os efeitos colaterais podem incluir danos aos nervos da audição e equilíbrio e lesões renais.

Macrolídeos

Atuam interferindo na formação de proteínas bacterianas durante a multiplicação. A Eritromicina é um macrolídeo. Um dos principais efeitos colaterais é a dor de estômago.

Penicilinas

Descobertas em 1928 por Sir Alexander Fleming, atuam danificando as paredes celulares da bactéria invasora, à medida em que a bactéria se reproduz. As penicilinas G e V são largamente usadas para infecções estreptocócicas. As penicilinas de amplo espectro, como a ampicilina e a amoxacilina, são utilizadas em várias infecções causadas por organismo gram-negativos. As reações de hipersensibilidade, como febre ou rash por exemplo, são os sintomas colaterais mais comuns das penicilinas. Reações alérgicas graves (anafilaxia) raramente ocorrem, mas podem ser fatais.

Tetraciclinas

Ativas contra vários tipos de bactérias e outros microorganismos, atuam evitando a produção de proteínas pela bactéria invasora. A doxicilina é um tipo de tetraciclina. Os efeitos colaterais da terapia com tetraciclinas incluem irritação do trato gastrointestinal, sensibilidade da pele à luz solar, e lesão do fígado e dos rins. Este grupo de medicamentos não deve ser administrado nos últimos 4 meses de gravidez, tampouco em crianças antes dos 8 anos de idade. Pode ocorrer descoloração permanente dos dentes.

Cefalosporinas

Antibióticos ativos contra um amplo espectro de bactérias. Da mesma forma que as penicilinas, elas interferem com a formação da parede celular das bactérias. Os efeitos colaterais incluem rashes e febre. Algumas vezes, pessoas alérgicas a penicilinas também serão alérgicas a cefalosporinas.

Fluorquinolonas

Classe mais recente de antibióticos. São bem absorvidas oralmente, possuem um amplo espectro de ação e são bastante seguras. Estes antibióticos interferem com as enzimas bacterianas, e são frequentemente utilizadas para tratar infecções do trato urinário. As fluorquinolonas não devem ser utilizadas por crianças ou mulheres grávidas, pois podem interferir com o crescimento ósseo.

domingo, 4 de maio de 2008

Intoxicação alimentar

Causas mais comuns: A deterioração dos alimentos. O cozimento por complexo destrói as bactérias nocivas

"Deve ter sido alguma coisa que eu comi." Quantas vezes você já disse ao sentir um indisposição acompanhada de vômitos, dores de estômago e diarréia? De fato, os casos de uma ligeira intoxicação alimentar se tornaram tão comuns hoje em dia que dificilmente achamos necessário consultar um médico a respeito.

Intoxicação alimentar é o nome que se dá aos sintomas desagradáveis que uma pessoa experimenta depois de ingerir alimentos contaminados por certas bactérias nocivas. Contraindo a crença popular de que alimentos deteriorados costumam provocar intoxicação alimentar, as bactérias que deterioram os alimentos não são a causa mais comum desse distúrbio. Na realidade, esse tipo de intoxicação é muito raro porque, em geral, as pessoas não chegam a ingerir um alimento que está notoriamente estragado. Muito pelo contrário, a comida contaminada que realmente provoca a intoxicação quase sempre tem aparência, cheiro e gosto normais.

Tipos de intoxicação alimentar

Em geral, a intoxicação alimentar é provocada por três tipos de bactérias. Cada uma delas se desenvolvem num determinado tipo de alimento (necessitando de certas condições especiais para poder se multiplicar) e produz um conjunto deferente de sintomas.

Intoxicação por salmonela

As bactérias do tipo salmonela são a causa mais freqüente de intoxicação alimentar. Elas contaminam todos os tipos de carne usados na nossa alimentação, antes mesmo de o animal ser abatido. Depois que um animal é contaminado pela salmonela, ele se torna portador e propagador da bactéria, pois, como ela é eliminada junto com as fezes, o solo e a água usados pelo animal também ficam contaminados, afetando outros animais. Os métodos modernos de cultivo intensivo, utilizado atualmente nas fazendas, também facilitam a disseminação da salmonela e, em geral, a infecção não chega a ser descoberta porque os animais afetados quase nunca mostram sinais de doença. Depois, quando o animal doente é enviado ao matadouro para ser abatido , outros animais ficam expostos aos germes, principalmente quando as normas de higiêne são negligenciadas. Como é praticamente impossível distinguir entre carne sadia e contaminada pela salmonela, a carne infectada acaba sendo comercializada da maneira habitual.

O cozimento completo da carne contaminada, seja em casa, seja por meio de processamento industrial do produto, destrói totalmente as bactérias nocivas, exceto nos casos de carne descontaminada volta a entrar em contato com outras carnes infectadas pela salmonela. Existe perigo toda vez que a carne não é cozida durante o tempo necessário e a uma temperatura suficiente alta para matar a salmonela. Isso acontece, por exemplo, com as aves congeladas antes de serem levadas ao fogo. Se uma galinha ou um peru grandes forem assados a uma temperatura demasiado baixa, de modo que o calor não chegue a atingir o centro da ave, há uma grande possibilidade de que as bactérias sobrevivam. Nesse caso, elas continuarão a se reproduzir e contaminarão todo o resto da carne, tornando-a inadequada para o consumo. Por isso deve-se tomar muito cuidado com os frangos grelhados habitualmente vendidos em rotisserias, porque são assados a temperatura muito baixas, insuficientes para exterminar as bactérias. A intoxicação por salmonelas também pode ser provocada pela clara de ovo que, depois de se tornar contaminada, passa por processo de desidratação, ou congelamento e é utilizada, sem cozimento, para coberturas e recheios de bolo.

Sintomas

Se uma pessoa ingere um alimento contaminado por salmonela, 12 ou 48 horas depois ela pode Ter diarréia, embora esta possa se limitar a apenas um ligeiro desarranjo intestinal.

A gravidade dos sintomas varia de pessoa para pessoa, dependendo da quantidade de toxina ingerida e da resistência natural de cada organismo. Embora a intoxicação por salmonela quase nunca cause enjôos e dores de estômago, a pessoa contaminada pode Ter, além da diarréia, um pouco de febre e dor de cabeça. Em geral, numa pessoa com saúde normal, os sintomas desaparecem após três ou quatro dias. No entanto, as pessoas contaminadas continuam portadoras da doença durante vários meses. A razão é que, embora os sintomas tenham desaparecido, as bactérias continuam presentes no intestino e são eliminadas com as fezes. Por esse motivo, é muito importante lavar sempre as mãos depois de ir ao banheiro, principalmente se a pessoa vai manipular alimentos e utensílios usados para comer.

Tratamento: É sempre aconselhável procurar um médico.Nos casos menos graves, um dia de repouso e a ingestão de uma grande quantidade de água ou de sucos, para compensar a perda de líquidos provocada pela diarréia ou pelos vômitos, serão o bastante para a recuperação. Também é aconselhável evitar alimentos sólidos durante um ou dois dias. Se os sintomas persistirem, é aconselhável procurar um médico.

Cuidados especiais

Se os sintomas forem muito acentuados ou levarem mais de três dias para desaparecer, o paciente deve consultar um médico sem demora. No caso de bebês, crianças ou pessoas idosas afetados pela doença, também é preciso consultar um médico imediatamente após o aparecimento dos primeiros sintomas. Nesses casos, a perda de líquidos, em conseqüência da diarréia ou dos vômitos, pode levar uma rápida desidratação e consequentemente se transformar num problema sério.

Os antibióticos raramente são receitados para pacientes com intoxicação alimentar porque, em geral, eles atuam apenas sobre a corrente sangüínea, e as salmonelas estão presentes no intestino. Além disso, os antibióticos podem até mesmo impedir que o mecanismo natural de defesa do organismo combata a infecção.

Intoxicação alimentar por clostrídios

A bactéria responsável por esse tipo de intoxicação alimentar, o Clostridium prefringes, se torna ativa - e causa problemas – durante o cozimento dos alimentos. Os pratos à base de carne, como os ensopados e as tortas, por exemplo, são particularmente suscetíveis ao ataque desses germes. Essas bactérias, que estão presentes no ar, na poeira e no chão, disseminadas pelas moscas, são indestrutíveis e sobrevivem à fervura durante horas seguidas. Em temperatura abaixo de 20ºC, ou acima de 60ºC, elas se mantém inativas. Porém, entre esses dois limites, elas se multiplicam rapidamente, contaminando o alimento é mantido aquecido durante várias horas após o cozimento, quando, quando ele é esfriado lentamente e em seguida não obtém uma refrigeração adequada ou quando ele é requentado durante vários dias seguidos.

Sintomas

Os sintomas desse tipo de intoxicação surgem em geral entre 12 e 24 horas após a ingestão do alimento contaminado. Na maioria dos casos, o paciente tem fortes e persistentes does abdominais seguidas de diarréia,. Entretanto, a temperatura permanece normal e é rara a ocorrência de vômitos. Embora a pessoa se sinta bastante indisposta durante todo o tempo em que os sintomas persistirem, eles desaparecem depois de um ou dois dias. Se os sintomas continuarem presentes por mais tempo, é possível que o problema tenha uma causa completamente diferente.

Tratamento: É sempre aconselhável procurar um médico. Este tipo de intoxicação alimentar deve receber o mesmo tratamento dado à intoxicação por salmonela. O paciente necessita de um dia de repouso e deve ingerir uma grande quantidade de líquidos. Caso a diarréia persista, ele deverá seguir tratamento médico. De qualquer maneira, sempre é aconselhável procurar um médico se os sintomas forem muito acentuados e persistentes ou se o paciente for uma criança ou uma pessoa idosa.

Intoxicação alimentar por estafilococos

O Staphylococus aureus, um microorganismo que causa uma outra forma muito comum de intoxicação alimentar , geralmente está presente na superfície da pele, principalmente em torno do nariz, e também em certas infecções cutâneas, tais como cortes sépticos, espinhas e furúnculos. Um corte infeccionado na mão ou no braço de uma dona de casa que prepara uma refeição para sua família, por exemplo, pode contaminar os alimentos se eles não forem cozidos a um temperatura de 60ºC ou mais durante no mínimo meia hora. Se os alimentos contaminados por esta bactéria forem ingeridos crus ou parcialmente cozidos, eles podem provocar uma intoxicação alimentar que, na verdade, não é causada pela própria bactéria, mas sim pela toxina que ela produz.

Os alimentos comumente relacionados com esse tipo de intoxicação são presunto, língua, carnes defumadas (os conservantes usados nesses alimentos, infelizmente não eliminam as bactérias), pasta de carne, maionese, sorvetes, confeitos e doces industrializados.

Sintomas

Os sintomas surgem de uma a quatro horas após a ingestão do alimento contaminado e costumam ser bastante acentuados. Logo no início, o paciente sente tonturas e náuseas. Esses primeiros sintomas são acompanhados de vômitos abundantes que duram entre quatro e seis horas. Algumas pessoas também têm diarréia, sobretudo se ingerirem uma grande quantidade de toxina. A maioria dos pacientes se recupera em um período de 24 horas, mas as crianças e as pessoas idosas costumam levar mais tempo para se fazer.

Tratamento: É sempre aconselhável procurar um médico. O tratamento para esse tipo de intoxicação alimentar é exatamente o mesmo indicado para intoxicação por salmonela e por clostrídio- repouso e uma abundante ingestão de líquidos.

Tipos de intoxicação pouco freqüentes

Uma forma muito grave, embora extremamente rara, de intoxicação alimentar é o botulismo , doença causada por uma bactéria do gênero Clostridium. Em vez de atacar o intestino, como os outros tipos de intoxicação alimentar, o botudismo ataca o sistema nervoso e requer um tratamento totalmente diferente. O paciente com butolismo precisa ser internado num hospital, onde é submetido a um tratamento intensivo.

Plantas venenosas

Algumas plantas venenosas, quando ingeridas, causam intoxicação agudas, que chegam a ser fatais se não forem tratadas prontamente:

· Comigo - ninguém pode
As folhas dessa planta provocam fortes queimaduras que atingem o esôfago, causando a morte devido ao traumatismo que se segue à intoxicação. A vítima sente dor e ardor intensos nos lábios, no nariz e na garganta; sua boca e laringe incham e as gengivas sangram.

· Mandioca -brava
Provoca palidez, arroxamento da pele, dilatação das pupilas e aparecimento de espuma sanguinolenta nos cantos da boca.

· Mamona
Cerca de uma hora após a ingestão, a vítima é acometida por náuseas, vômitos e diarréia. Também aparecem reações como prostração, sonolência e convulsões.
Para todos os casos, a melhor solução é fazer a vítima vomitar, misturando-lhe água morna, óleo vegetal , etc,. e procurar assistência médica imediatamente.

Como evitar a intoxicação alimentar

Muitas pessoas chegam a achar exagerados alguns dos cuidados que relacionamos abaixo. Mas, considerando os perigos que sua não observância acarreta, eles até que valem a pena. Mas ainda: são precauções muito fáceis de tomar e exigem muito pouco esforço.

  • Lave sempre as mãos depois de ir ao banheiro e antes de preparar os alimentos. Se você tiver um ferimento nas mãos ou nos braços, proteja - o com esparadrapo e use luvas de borracha.
  • Lave bem frutas e verduras em água corrente, sobretudo se você pretende ingeri-los crus.
  • Certifique - se de que os alimentos estão sendo cozidos da maneira certa. Em caso de dúvidas sobre a temperatura da água ou o tempo de cozimento corretos, consulte um bom livro de culinária.
  • Degele completamente a carne de aves antes de levá- la ao fogo. As carnes de vaca, carneiro e peixe podem ser cozidas logo depois de serem tiradas do congelador.
  • Se você fez um ensopado e pensa utiliza - lo em mais de uma refeição, cozinhe rapidamente, cubra e conserve num lugar frio, de preferência na geladeira. Esta precaução é particularmente importante se você pretende come-lo frio, ou deixá-lo para o dia seguinte.
  • Se quiser manter a comida quente para alguém que chegará depois, mantenha - a aquecida a uma temperatura superior a 60ºC.
  • Quando você for requentar a comida, faça-o de maneira que ela seja totalmente reaquecida e requente apenas a quantidade que você irá comer realmente.
  • Não deixe a carne crua entrar en contato com a que está cozida ou assada. Evite comprar em estabelecimento onde carnes cruas e cozidas ficam juntas.

sábado, 3 de maio de 2008

Parto - antes e depois


Quando o momento do nascimento está chegando, a mulher mistura a ansiedade com os verdadeiros sinais de que o bebê está nascendo. Veja abaixo os primeiros sinais do parto.

  • Os primeiros sinais são as contrações uterinas. A barriga fica toda endurecida entre 45 segundos e um minuto. Essa sensação se repete a cada cinco minutos, tornando-se mais freqüente e acompanhada de uma cólica, muito semelhante à menstrual, localizada no púbis e nas cadeiras.
  • O colo uterino se dilata conforme vai se aproximando o momento do parto. O muco que ocupa o canal do colo costuma escorrer - é como um catarro com algumas estrias de sangue.
  • Pode acontecer também a ruptura da bolsa das águas. Neste caso, a grávida perde, de forma incontrolável, uma quantidade enorme de um líquido claro.

O Corpo Após o Parto

Após o nascimento, o útero começa a se contrair para recuperar o seu tamanho normal: seus músculos são extremamente flexíveis, e como uma mola que se estica, ele volta à sua forma original. Esse processo de contração é fundamental porque ajuda o descolamento da placenta, normalmente expulsa pelo organismo materno, pouco depois do parto. Quando ela sai, os vasos que a ligam à parede uterina se rompem, provocando uma ferida - do tamanho da palma da mão - e conseqüentemente, um sangramento. A mulher perde cerca de 500ml de sangue. Mas já estava preparada para isso.

A saída da placenta provoca uma descarga de hormônios. Uma parte é eliminada junto com ela e outra cai na circulação. Isso ajuda a mulher a se recuperar, pois compensa parcialmente a perda repentina de sangue que ocorre no parto.

Ainda na sala de parto, a mulher perde cerca de seis quilos, que correspondem ao peso do bebê, da placenta, do líquido amniótico e dos sangramentos.

Nos primeiros minutos, mãe e bebê continuam ligados pelo cordão umbilical, que pulsa nitidamente e ainda leva oxigênio ao pequeno. Alguns médicos preferem cortá-lo imediatamente, outros só fazem isso um pouco mais tarde. Após esse momento o bebê vai ser cuidado (peso, exames e quem sabe o primeiro banho). Enquanto isso o obstetra toma os últimos cuidados para que ela possa ir para o quarto descansar. Se o parto foi normal, ele examina o colo do útero e o canal vaginal para verificar se não houve nenhuma ruptura na passagem do neném, ou se a placenta e suas membranas saíram totalmente. Uma medida de precaução, a fim de evitar futuras complicações, como hemorragias e infecções. Se tudo estiver bem, o médico começa a fazer a sutura do períneo, mas como a mulher já está anestesiada, ela não sente as espetadelas da agulha. Uma intervenção que dura em média de 15 a 30 minutos. No caso da cesariana, a costura leva mais tempo e depois a mamãe ainda fica em observação para ver se o seu útero está se contraindo bem.

Líquido Amniótico é o líquido que fica dentro da bolsa onde está o nenê. Todos os nenês ficam dentro de uma bolsa com uma membrana finíssima, como se fosse uma bexiga, cheia de água. Esta água é o líquido amniótico. Sua principal função é proteger o nenê de toda agressão externa, tanto mecânica, como uma queda, uma batida, como orgânica, bactérias, infecções, doenças.

Outra função importante no líquido amniótico é alimentar o nenê e receber suas impurezas. De fato o nenê bebe a água da bolsa e esta água circula no seu aparelho digestivo. Também faz xixi nesta água.Fonte Dr. Sérgio dos Passos Ramos