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segunda-feira, 16 de junho de 2008

Depressão


A depressão é uma doença extremamente comum, mas, infelizmente, cerca de dois terços dos pacientes afetados não são tratados adequadamente pois não têm a doença diagnosticada ou não conseguem ajuda médica. Os sintomas incluem distúrbios do sono, insatisfação com as atividades diárias, desânimo, dificuldade de concentração e muitos outros.

Todo mundo passa por períodos de desânimo. Os sentimentos de pesar e dor que acompanham estes períodos geralmente são necessários e transitórios, e podem até mesmo representar uma oportunidade de crescimento pessoal. Todavia, quando a depressão persiste e começa a prejudicar a vida diária, isto pode ser o indício de uma doença depressiva, e não somente um quadro passageiro de melancolia. A gravidade, a duração e a presença de outros sintomas são os fatores que distinguem a tristeza normal de um distúrbio depressivo.

A maioria das pessoas deprimidas não procura auxílio médico. Nos idosos, devido à relação complexa entre depressão, medicações e doenças graves, é especialmente importante não deixar de detectar este distúrbio. Ao contrário do que acontecia no passado, hoje a depressão é reconhecida como uma doença.

Quais são os tipos de depressão?

a) Depressão Maior: os pacientes com este tipo de depressão apresentam pelo menos 5 dos sintomas listados a seguir, por um período não inferior a duas semanas:
1. Desânimo na maioria dos dias e na maior parte do dia (em adolescentes e crianças há um predomínio da irritabilidade).
2. Falta de prazer nas atividades diárias.
3. Perda do apetite e/ou diminuição do peso.
4. Distúrbios do sono – desde insônia até sono excessivo – quase todo dia.
5. Sensação de agitação ou languidez intensa
6. Fadiga constante
7. Sentimento de culpa constante
8. Dificuldade de concentração
9. Idéias recorrentes de suicídio ou morte

Além dos critérios acima, devem ser observados outros pontos importantes: os sintomas citados anteriormente não devem estar associados a episódios maníacos (como na doença bipolar); devem comprometer atividades importantes (como o tratabalho ou os relacionamentos pessoais); não devem ser causados por drogas, álcool ou qualquer outra substância; e devem ser diferenciados de sentimentos comuns de tristeza. Geralmente, os episódios de depressão duram cerca de vinte semanas.

Os sintomas da depressão nas crianças podem ser diferentes daqueles dos adultos, incluindo tristeza persistente, incapacidade de se divertir com suas atividades favoritas, irritabilidade acentuada, queixas frequentes de problemas como dores de cabeça e cólicas abdominais, mau desempenho escolar, desânimo, concetração ruim ou alterações nos padrões de sono e de alimentação.

b) Depressão Crônica (Distimia): a depressão crônica leve, ou Distimia, caracteriza-se por vários sintomas também presentes na Depressão Maior, mas eles são menos intensos e duram muito mais tempo – pelo menos 2 anos. Os sintomas são descritos como uma “leve tristeza” que se extende na maioria das atividades.

Em geral, não se observa distúrbios no apetite ou no desejo sexual, mania, agitação ou comportamento sendentpário. Pensamentos suicidas não são comuns. Talvez devido à duração dos sintomas, os pacientes com depressão crônica não apresentam grandes alterações no humor ou nas atividades diárias, apesar de se sentirem mais desanimados e desesperançosos, e serem mais pessimistas. Os pacientes crônicos podem sofrer episódios de Depressão Maior (estes casos são conhecidos como depressão dupla).

c) Depressão Atípica: as pessoas com esta variedade geralmente comem demais, dormem muito, sentem-se muito enfadadas e apresentam um sentimento forte de rejeição.

d) Distúrbio Afetivo Sasonal (DAS): este distúrbio caracteriza-se por episódios anuais de depressão durante o outono ou o inverno, que podem desaparecer na primavera ou no verão – quando então tendem a apresentar uma fase maníaca.

Outros sintomas incluem fadiga, tendência a comer muito doce e dormir demais no inverno, mas uma minoria come menos do que o costume e sofre de insônia.

e) Tensão Pré-menstrual (TPM): há depressão acentuada, irritabilidade e tensão antes da menstruação. Afeta entre 3% e 8% das mulheres em idade fértil. O diagnóstico baseia-se na presença de pelo menos 5 dos sintomas descritos no tópico Depressão Maior na maioria dos ciclos menstruais, havendo uma piora dos sintomas cerca de uma semana antes da chegada do fluxo mentrual, melhorando logo após a passagem da menstruação.

f) Pesar: os sintomas de pesar e da depressão possuem muito em comum. Na verdade, pode ser difícil diferenciá-los. O Pesar, contudo, é considerado uma reposta emocional saudável e importante quando se lida com perdas. Normalmente é limitado.

Nas pessoas sem outros distúrbios emocionais, o sentimento de aflição dura entre três e seis meses. A pessoa passa por uma sucessão de emoções que incluem choque e negação, solidão, desespero, alienação social e raiva. O período de recuperação consome outros 3-6 meses. Após esse tempo, se o sentimento de pesar ainda é muito intenso, ele pode afetar a saúde da pessoa ou predispô-la ao desenvolvimento de uma depressão propriamente dita.

Quais são as causas da depressão?

a) Fatores Psico-sociais: as pessoas que já experimentaram períodos de depressão relatam um acontecimento estressante como o fator precipitante da doença. A perda recente de uma pessoa amada é o fato mais citado, mas todas as grandes perdas (e mesmo as pequenas) causam um certo pesar.

Acontecimentos traumáticos, como a perda súbita de um ente querido, ou mesmo eventos naturais como enchentes, podem causar uma depressão imediata, sendo necessário um longo período de recuperação. A maioria das pessoas supera este estado sem se tornar cronicamente deprimida. Alguns fatores genéticos ou biológicos podem explicar a maior vulnerabilidade de certas pessoas. A existência ou a ausência de uma forte malha social ou familiar também influenciam – positiva ou negativamente – na recuperação.

b) Fatores Biológicos: alterações nos níveis de neurotransmissores (principalmente serotonina, acetilcolina, dopamina, epinefrina e norepinefrina) relacionam-se à susceptibilidade para depressão. Alguns hormônios também podem ter um papel importante – ainda que isto não esteja muito claro. Ainda, atrofias em certas áreas do cérebro (particularmente no lobo pré-frontal) responsáveis pelo controle das emoções e produção de serotonina são responsáveis por distúrbios depressivos importantes.

c) Outras possíveis causas de depressão: medicamentos como betabloqueadores, corticosteróides, anti-histamínicos, analgésicos e anti-parkinsonianos podem causar depressão, bem como a retirada de qualquer medicação utilizada a longo prazo.

Existem fatores de risco para depressão?

Sim, existem. Qualquer pessoa que já passou por um episódio de Depressão Maior possui uma chance de 50% de apresentar outro episódio – podendo acumular 4 a 5 episódios por toda a vida. Algumas pessoas apresentam crises depressivas recorrentes separados por vários anos de sanidade mental. Outras passam por crises repetidas separadas por breves períodos normais. Infelizmente, cerca de 35% das pessoas apresentam uma depressão crônica que nunca desaparece, nem memso com o tratamento adequado.

O problema parece estar crescendo. Neste século, cada geração teve mais episódios de depressão que a anterior, e cada vez em idade mais tenra.

a) Mulheres: a correspondência de casos de depressão entre mulheres e homens é de 2:1. Não se sabe exatamente porquê isto ocorre – hereditariedade, desequilíbrios hormonais, maneira de lidar com as próprias emoções, maior facilidade em diagnosticar depressão em mulheres, pior situação sócio-econômica, abuso físico e sexual, etc.

Estima-se que uma em cada quatro mulheres apresentará um episódio de depressão ao longo de sua vida. A maioria das mulheres deprimidas encontra-se entre 25 e 40 anos, é casada e tem filhos para criar. A depressão é mais comum nos dois extremos sócio-econômicos e naquelas que fazem uso abusivo de medicamentos.

b) Crianças: acontecimentos desagradáveis na escola ou em casa podem desencadear uma crise depressiva, esta, porém, quando dura mais de duas semanas, torna-se preocupante. Crianças deprimidas tornam-se irritadiças, cansadas ou ansiosas. Podem perder o interesse em suas atividades habituais, recusar a ir para a escola ou se auto-agredir (batendo a cabeça contra a parede, por exemplo). Até mesmo crianças de 5 ou 6 anos de idade podem tentar o suicídio.

Em geral, a depressão dura cerca de 7 meses, e as chances da criança vir a apresentar um novo período depressivo são grandes. A consulta médica é imprescindível para se confirmar o diagnósitoc de depressão e, principalmente, excluir a possibilidade de outras doenças.

Algumas crianças e adolescentes podem necessitar de medicamentos antidepressivos, mas os remédios devem ser utilizados como parte de um tratamento que inclua acompanhamento psicoterápico. Entretanto, ainda existe muita controvérsia quanto ao uso de antidepressivos nesta faixa etária. Em geral, os antidepressivos tricíclicos são a primeira escolha, pois seus efeitos já são bastante conhecidos. A principal preocupação com seu uso é o risco de morte, principalmente decorrente de problemas cardíacos, que tem sido associada ao uso de desipramina (um tipo de tricíclico) em jovens hiperativos.

c) Adolescentes: muitas pessoas experimentam sua primeira grande crise de depressão durante a adolescência, ainda que não o saibam. Comumente ocorre entre os 15 e 19 anos de idade e o suicídio é sempre uma preocupação nesse grupo. Pode manifestar-se como baixa auto-estima, consumo de drogas e/ou abuso de álcool, abandono da escola, problemas com a autoridade, comportamento anti-social, pessimista, super-sensível, pouco cooperativo ou agressivo. Uma vez que estes padrões de atitude são, até certo ponto, considerados normais por nós em um adolescente, não é de se espantar que muitos casos de depressão neste grupo permaneçam não-diagnosticados e sem tratamento adequado.

Uma vez que o risco de suicídio é grande, deve-se ficar atento para alguns sinais de alarmte:

• Tentativas anteriores: os jovens que tentam suicidar-se permanecem vulneráveis por vários anos, especialmente nos primeiros três meses após a tentativa.
• Antecedentes psiquiátricos: pesquisas mostraram que o risco é maior em pacientes que já foram internados para tratamento psiquiátrico.
• Insucesso pessoal: metas muito difíceis permeadas por críticas rígidas podem desencadear uma espiral descendente que terminará no suicídio.
• Perdas recentes: a morte de um ente querido ou de um amigo, divórcio, gravidez indesejada ou o fim de um namoro podem fazer com que o adolescente se sinta tão perdido que o suicídio lhe pareça a única saída.
• Abuso de drogas: alguns adolescentes fazem uso de drogas ou álcool para escapar da depressão, mas isto pode apenas aumentar o risco de suicídio.
• Armas em casa: uma arma em casa pode facilitar o suicídio de um adolescente problemático.
• Violência familiar: a violência em casa ensina aos jovens que a maneira mais fácil de resolver qualquer conflito é através da violência.
• Falta de comunicação: a incapacidade de discutir raiva e sentimentos desconfortáveis com a família podem levar ao suicídio.

d) Idosos: este é outro grupo onde a depressão é mal interpretada. Estima-se que cerca de 20% das pessoas acima de 65 anos de idade apresentem distúrbios depressivos. Na verdade, a depressão é 4 vezes mais comum nesta faixa etária que na população em geral, e o risco de suicídio para pessoas com mais de 65 anos é 15 vezes maior.

A depressão não faz parte do envelhecimento, apesar de se acreditar justamente o contrário. Uma vez que esta doença causa dificuldade de concentração, indiferença, problemas de memória e desorientação, frequentemente ela não é percebida, sendo confundida com senilidade. Cerca de 12% dos idosos com diagnóstico de demência na verdade estão deprimidos (associações entre demência e depressão também são possíveis). Além disso, muitas das doenças que acometem os idosos podem se manifestar como depressão: doença de Parkinson, doença de Cushing, doenças da tireóide, doenças pulmonares, deficiências de vitaminas, câncer e derrame. Uma vez que o metabolismo diminui com a idade, geralmente os idosos necessitam de uma dose menor de antidepressivos para obter uma boa resposta.

Qual a gravidade da depressão?

A preocupação com o suicídio ou ameaça de suicídio, especialmente vinda de alguém sabidamente infeliz ou que tenha sofrido uma perda recente, deve ser considerada séria.

Estima-se que a depressão contribua para cerca de 50% de todos os suicídios e é uma causa importante de morte entre jovens. Na velhice, os homens respondem por cerca de 80% dos casos de suicídio – o maior risco encontra-se entre os divorciados ou viúvos.

A depressão exerce um efeito importante na piora de várias doenças e pode até mesmo predispor a pessoa a outros males. Estudos recentes indicam que a depressão pode influenciar aspectos do sistema imune, coagulação sanguínea, pressão arterial, vasos sanguíneos e ritmo cardíaco - em alguns casos, até mesmo prejudica a resposta aos medicamentos utilizados para controlar uma doença cardíaca. A saúde dos idosos deprimidos que são hospitalizados tende a piorar, e sua recuperação é mais lenta.

Existe uma forte associação entre depressão e aumento na incidência e na gravidade de derrames e ataques cardíacos. A depressão aumenta a auto-crítica e diminui o desejo sexual, além de ter um efeito direto sobre o sistema nervoso, podendo acarretar problemas de ereção. Por outro lado, disfunções eréteis podem causar depressão, e as duas condições podem terminar perpetuando-se. A pessoa deprimida possui um maior risco de alcoolismo, tabagismo e abuso de outras drogas.

Como a depressão é tratada?

A despeito da eficácia do tratamento, mais de dois terços das pessoas com depressão não serão tratados. Mesmo nos EUA, pesquisas indicam que apenas 3% dos idosos com depressão estejam sendo adequadamente tratados. Imagine no Brasil...

Algumas vezes, o distúrbio é sério o suficiente para necessitar hospitalização, mas na maioria dos casos o tratamento pode ser realizado no consultório ou ambulatório. Psiquiatras são médicos e são os únicos que podem prescrever medicamentos, mas muitos Psicólogos possuem acordos com psiquiatras para medicar seus pacientes.

A confiança do paciente em seu médico ou psicólogo é o componente mais importante do tratamento. Não se sinta embraçado em dizer ao seu analista que você não se sente à vontade com ele, e troque de profissional se não sentir-se confiante.

A maioria dos adultos necessita de antidepressivos e psicoterapia – estes variam de caso para caso. Nos casos que não conseguem sucesso com esta abordagem, a terapia com eletrochoques pode ser uma boa opção. Existe muito preconceito com respeito a esta ferramente terapêutica, mas pesquisas desenvolveram técnicas e medidas de segurança que tornaram os eletrochoques uma forma de tratamento bastante eficaz, desde que indicada apropriadamente. Os casos que não respondem ao tratamento eletroconvulsivo podem ser triados para cirurgia.

Crianças e adolescentes respondem melhor a psicoterapia que ao uso de remédios. Quando se necessita lançar mão de uma droga, os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) são os mais indicados. Os medicamentos são mantidos inicialmente por 6 meses, quando se inicia a fase de manutenção, que pode durar um ano ou mais.

Em idosos, se dá preferência ao uso de ISRS, pois seus efeitos colaterais são menos intensos que aqueles dos tricíclicos. Contudo, devido aos benefícios ainda modestos destes medicamentos e o risco de queda, os especialistas recomendam psicoterapia para os casos leves e moderados. Idosos com depressão grave respondem melhor ao uso de antidepressivos tricíclicos – mas estes devem ser usados com cautela devido ao risco de doença cardíaca e outros efeitos indesejáveis.

domingo, 15 de junho de 2008

Distúrbios do Apetite

A anorexia nervosa e a bulimia são distúrbios caracterizados por um comportamento alimentar bizarro. Ocorrem com muito mais freqüência no sexo feminino do que no masculino e acometem pessoas que têm uma preocupação excessiva com a aparência e a forma do corpo.

A anorexia nervosa está presente em aproximadamente 1% das adolescentes ou jovens adultas, enquanto a incidência da bulimia é de aproximadamente 5%. A principal característica da anorexia nervosa é uma visão distorcida da imagem corporal. Existe um medo mórbido de ganhar peso ou tornar-se obesa. Já a bulimia nervosa caracteriza-se por uma compulsão em alimentar-se.

O indivíduo acometido chega a ingerir 2000 a 3000 cal em uma única refeição, parando de comer apenas quando acontece algo que o interrompa, como por exemplo, o término da comida, a interferência de outra pessoa ou quando começa a passar mal. Nesses momentos, ele costuma ter uma terrível sensação de perda de controle. Aí, para compensar, ele provoca vômitos, ingere quantidades excessivas de anorexígenos, laxativos ou diuréticos ou exercita-se excessivamente.

Esses distúrbios da alimentação acompanham-se de morbidade e mortalidade significativas. A anorexia nervosa provoca todos os distúrbios associados à desnutrição e em casos extremos a morte. Já a bulimia nervosa associa-se mais freqüentemente a distúrbios hidroeletrolíticose aos efeitos físicos dos vômitos. A taxa de mortalidade infelizmente não é desprezível, gira em torno de 15%. A causa mortis, além daquela provocada pela desnutrição pode ser arritmia cardíaca, hemorragia digestiva, suicídio, etc.

O tratamento baseia-se predominantemente em psicoterapia, não raro necessitando do uso de medicamentos, como antidepressivos, que serão indicados pelo psiquiatra, conforme julgue necessário. Freqüentemente recorre-se também ao auxílio de um endocrinologista ou clínico para controlar os distúrbios metabólicos associados.

O diagnóstico às vezes é difícil, porque os pacientes tendem a esconder a situação. Na anorexia nervosa o paciente emagrece muito, a mulher para de menstruar e fica edemaciada. O diagnóstico diferencial inclui, além de vários distúrbios psiquiátricos, o abuso de drogas, doenças como AIDS, hipertireoidismo, câncer, diabetes e a própria desnutrição. No caso da bulimia nervosa, o diagnóstico diferencial inclui outros distúrbios psiquiátricos e as patologias associadas a vômitos.

Enfim, pessoas portadoras desses distúrbios podem beneficiar-se muito das várias modalidades terapêuticas disponíveis e não devem envergonhar-se de procurar ajuda.

Impotência Sexual. Um fantasma que não assusta mais.

A impotência quase sempre tem cura e para curá-la o homem tem à sua disposição vários recursos que vão desde a psicoterapia até injeções e próteses sofisticadas. A impotência dá medo, mas a recíproca também é verdadeira: medo causa impotência.

Este medo tem enorme base cultural, a impotência sempre foi um assunto cercado de tabus. Mas, o que realmente significa a impotência? é uma disfunção erétil que incapacita o homem a obter ou manter ereções suficientemente rígidas para a penetração vaginal impedindo a satisfação sexual. Alguns urologistasacreditam que, de um modo geral, as causas da impotência são 70% dos casos por problemas psicológicos (atinge 95% dos casos com 20 anos;70% aos 48 anos; 30% entre os 60 e 70 anos) e 30% por problemas orgânicos.

Seja qual for a natureza, orgânica ou psicológica, a impotência tem cura e o primeiro passo para a cura é, obviamente,o diagnóstico correto. Um dos exames realizados para estes diagnósticos é eletroneuromiografia, ou teste de intumescência peniana noturna, realizada com auxílio de um equipamento denominado Rigiscan, em laboratório de sono. Como todo homem tende a ter ereção dormindo, o aparelho mede a sua qualidade e a quantidade durante a fase do sono chamada REM (sigla inglesa para RAPID EYES MOVIMENT, ou movimento ocularrápido). O equipamento possui dois anéis conectados a eletrodos, colocados em volta do pênis, que analisam a qualidade das ereções noturnas e traçam um gráfico completo. Se as ereções espontâneas forem satisfatórias, isto significa que o sangue chega ao pênis e é corretamente represado. O distúrbio, portanto, tem fundo psicológico.

Outro recurso usado para o diagnóstico é o Duplex scan ou ecodoplerpeniano, usado para medir o fluxo arterial e identificar eventuais obstruções no membro masculino.

Não se sabe exatamente por que ocorrem as ereções noturnas e matinais. Determinados especialistas sugerem que a noturna acontece provocada por sonhos eróticos, enquanto as matutinas pelo acumulo de urina na bexiga. Alguns métodos populares é o de tomar sucessivos copos d'água antes de deitar, para acordarem "em ponto de bala" na manhã seguinte. Este método não é certo mas, muitas vezes dá certo, pois a bexiga cheia pode provocar um estímulo nervoso reflexo que favorece a ereção. Outro método menos popular são as injeções intracavernosas (isto é, dentro do corpo cavernoso do pênis) de substâncias como a prostaglandina E1 efentolamina, que aumentam o fluxo sangüíneo das artérias, diminuem o calibre das veias e relaxam a musculatura local, produzindo a ereção. O exame é feito no consultório e o remédio faz efeito em 10 a 20 minutos, quem tem problemas psicológicos responde positivamente a este exame.

Quando a suspeita é a qualidade da musculatura, recorre-se à biópsia do tecido peniano.

Outros fatores orgânicos que podem provocar a impotência.

Entre eles estão:

  • as doenças vasculares, que causam entupimento das artérias e veias, prejudicando a chegada do sangue ao pênis;
  • as patologias que comprometem o sistema nervos, como a Diabetes melitus;
  • a falta do hormônio masculino testosterona, que começa a declinar a partir dos 45 anos de idade, mas é essencial para o funcionamento do mecanismo de ereção;
  • disturbios como o priapismo, que provoca a coagulação do sangue dentro do corpo cavernoso, levando à impotência irreversível.
  • A impotência orgânica pode ainda ser decorrente de rompimento da estrutura, uma espécie de fratura do pênis, devido a acidentes;
  • insuficiência veno-oclusiva, existente quando o corpo cavernoso se enche de sangue mas não distende o bastante para comprimir as veias contra a parede do pênis. Com isso, o sangue não é represado o suficiente para garantira ereção;
  • assimetrias do corpo cavernoso, decorrentes de má formação congênita;
  • o fumo, o álcool e alguns medicamentos também são apontados como prováveis causadores da função erétil.

sábado, 14 de junho de 2008

"Pré-Escola... Por Que???...Para Que???"


Deveríamos iniciar nossa discussão tentando entender um pouco a respeito de que é SER CRIANÇA.

Será que ela é um adulto em miniatura? Será que ela é um ser fraco e incompleto que necessita da constante atuação do adulto para se desenvolver? Será que todas as crianças são iguais?

Pois é, a maneira como concebemos o que é ser criança está diretamente relacionada à nossa visão frente a função da pré-escola.

Mas, afinal, qual é o verdadeiro papel da pré-escola?

Será que a criança pré-escolar não precisa que se faça mais nada com ela além de cuidarmos do seu conforto, bem-estar, atos de boa conduta social, alimentação, higiene e deixá-la a mercê da brincadeira?

Brincar é ótimo. Realmente a criança está na escola para brincar...mas, para APRENDER BRINCANDO!!!

Brincar de amarelinha? Sim! Por que? Para que? Qual é o objetivo disso? O significado? Tem um objetivo educacional ou é apenas um mero passatempo?

Assim, a pré-escola tem uma função pedagógica, parte de um trabalho que toma a realidade e os conhecimentos infantis como ponto de partida. Conhece a criança, o que é "ser Criança" e tem conhecimento do desenvolvimento infantil. Suas atividades tem um objetivo-significado concreto hoje para a vida da criança e que, simultaneamente, asseguram a aquisição de novos conhecimentos posteriores.

A pré-escola tem como objetivo primordial atender as necessidades psicossociais da criança, criar condições adequadas para o seu desenvolvimento global - estimular a criatividade, a autonomia, a cooperação e a criticidade - considerando, para isto, a história de vida de cada um, suas experiências e sua individualidade.

Dos 0 aos 6 anos é a fase em que acontece todo o desenvolvimento do ser humano e, dependendo da forma como essa criança for estimulada nesta fase, isto acarretará conseqüências positivas ou negativas no futuro.

Com base neste aspectos, postula-se que a pré-escola tem um fim em si mesma. Parte das necessidades e interesses da criança garantindo, assim, um desenvolvimento harmônico em todos os aspectos.

Ao acreditarmos que a inteligência se constrói frente a uma constante interação entre o sujeito e o meio, vemos que a criança pode beneficiar-se enormemente quando tem a possibilidade de viver em um ambiente educacional que lhe ofereça a oportunidade de agir com liberdade e espontaneidade, bem como manipular materiais adequados. Assim, ela poderá estabelecer relações com as pessoas, com os objetos... enfim, com o mundo!!!

O que é a vacina?


As vacinas têm o objetivo de manter alerta o sistema imunológico das pessoas ou animais contra determinadas doenças. São substâncias sintetizadas a partir de organismos vivos ou parte destes e que por sua vez são administrados por forma injetável ou por via oral.

Calendário de vacinação

BCG = Contra a Tuberculose
SABIN = Contra a paralisia infantil
DPT = Contra pólio, difteria, tétano e coqueluche
MMR = Contra sarampo, cachumba e rubéola
DP (DUPLA ADULTO)= Contra a difteria e tétano

1º Mês BCG
2º Mês 1ª dose Sabin + DPT
4º Mês 2ª dose Sabin + DPT
6º Mês 3ª dose Sabin + DPT
9º Mês Sarampo
15º Mês Reforço Sabin + DPT + MMR
5 anos Reforço Sabin + DPT
15 anos Anatoxtenico ou DP

Quando Retirar a Fralda



O momento ideal para a retirada da fralda de uma criança é quando ela já fala e anda. Quando o pequeno já pode pedir para ser levado ao banheiro e já dispõe de recursos simbólicos que lhe permitam compreender melhor esta rotina. Este aprendizado do controle das funções da bexiga e dos intestinos se dá num espaço de três anos, entre os 2 e os 5 anos de idade; poucas crianças têm controle confiável antes dos 2 anos, e poucas têm problemas, exceto por "acidentes" ocasionais, depois dos 5.

Quando retiramos a fralda, estamos iniciando a criança no cuidado com a sua própria pessoa; isto significa, subjetivamente, um processo de separação entre a criança e a mãe, algo que teve início no nascimento e veio se processando gradativamente, com o desmame e o desenvolvimento motor. Esta é a única razão responsável pelas ansiedades que cercam tal mudança na vida da criança.

É claro que mãe e filho não vão se separar com a retirada da fralda, mas é a qualidade de relação que vai mudar. Após este processo, haverá uma mãe mais autônoma e uma criança também mais autônoma, pronta, por exemplo, a freqüentar uma escolinha maternal.

Esta separação às vezes provoca alguma ansiedade na mãe, levando-a tirar e recolocar as fraldas na criança. Isto pode deixar a criança confusa quanto aos limites que estão sendo introduzidos para ela.

Treinando o uso da Privadinha

Compre um penico ou uma privadinha quando seu filho estiver com mais ou menos 1 ano e meio. Fale com ele e lhe explique para que serve. Não espere que ele a use imediatamente. Continue usando a fralda durante o dia ou enquanto for necessário; somente quando ele estiver controlando a urina e as fezes por algumas horas é que você deve sugerir, nunca insistir, de vez em quando que ele use o peniquinho.

Existem várias maneiras de levar o seu filho a usar o banheiro. Vai depender muito do grau de desenvolvimeto da criança, da sua personalidade e da rotina da família. O mais importante é não fazer da privadinha um motivo de conflito e tensão. A criança não pode considerar o banheiro um castigo e sim um prazer. A criança aprende a controlar o intestino e a bexiga quando estiver psicologicamente pronta. O único trabalho dos pais é criar condições para que o processo deaprendizado seja o mais descontraído possível.

A criança Adquire Confiança

Você deve continuar incentivando o seu filho a usar o peniquinho sempre que ele quiser fazer "xixi" ou "cocô", mas nunca fique aborrecida ou irritada quando não der certo; da mesma maneira, não seja tão efusiva quando ele conseguir usar o peniquinho, adequadamente. Aos poucos vá espaçando o uso das fraldas até colocá-las somente à noite.

O Uso do Vaso Sanitário e o Controle Noturno

Quando a criança já estiver usando o peniquinho com segurança, comece a levá-lo ao vaso sanitário. Você deve comprar aqueles assentos especiais para criança que se encaixam nos vasos normais Com ele a criança se sente mais segura.

Você deve explicar ao seu filho que o vaso pode ser usado da mesma maneira que o peniquinho. Vá alternando o vaso com o penico até a criança se sentir segura em ambos.

Nessa época é que você deve verificar se o seu filho está pronto para deixar a fralda noturna. A melhor maneira de ter certeza é quando a criança acorda com a fralda seca depois de várias manhãs consecutivas.

Quando você decidir deixá-lo sem fralda durante a noite, prepare-se para encontrar a cama molhada uma noite ou outra. Forre a cama com um protetor impermeável. Evite dar-lhe muito líquido antes de dormir.

Molhar a Cama Quando Já Está Maior.

Algumas crianças continuam a molhar a cama, as vezes, durante toda a infância. Raramente é motivo para preocupação, mas se ocorrer com freqüência poderá criar dificuldades para a criança e para os pais. A maioria larga este hábito antes da adolescência, mas você poderá acelerar o processo premiando as noite secas ou usando alarme contra a cama molhada.

O primeiro método deve ser usado como incentivo para a criança. Dê ao seu filho um calendário e marque com estrelinhas todas as noites que ele acordar seco. Ofereça um prêmio depois de um certo número combinado de estrelas. O número crescente de estrelas dará segurança a ele e o incentivará a controlar a bexiga.

O segundo método é utilizado quando o primeiro não dá certo. O sistema de alarme é um mecanismo instalado na cama da criança que toca uma campanhia assim que a criança começar a urinar. Isso farácom que ela acorde e termine de urinar no vaso.

Recomendações do tipo não dar líquidos à criança antes de dormir, fazê-la urinar antes de ir para a cama, retirá-la ainda uma vez no meio da noite podem servir como medidas preventivas de grande utilidade, mas, não se esqueça de que a retirada da fralda é um processo natural e deve ser encarado como uma coisa corriqueira, que só muito raramente pode causar problemas na vida de uma pessoa.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Olhinhos lacrimejantes


Muitas vezes às mães notam os olhinhos do recém-nascido muito lacrimejantes, as lágrimas escorrem pelo rostinho,mesmo sem choro.

O que fazer ?

Questiona a mãe, principalmente no caso do primeiro filho.

É bom que se saiba que o fato não é nenhum “bicho de sete cabeças”, e nem é preciso entrar em desespero. Mesmo porque, depois podem surgir conjuntivites repetitivas, com secreções e “ramelinhas” nos cantos internos dos olhos, pode ser apenas em um olho ou em ambos.

Geralmente isto tudo é conseqüência da obstrução ,da porção distal do conduto naso-lacrimal. Essa obstrução é decorrência da persistência de uma membrana. Ela está presente apenas no período intra-uterino, a qual situa-se entre o canal lacrimal e sua saída no interior do nariz, porém pode permanecer após o nascimento, pois sabemos que há relação deste “probleminha” com a sucção do primeiro choro.

Isto é que causa o lacrimejamento e prováveis infecções do canal lacrimal. O tratamento primeiramente é iniciado com massagens na região, realizadas pela mãe , esta massagem consiste em se colocar o indicador sobre os pontos lacrimais, para bloquear a saída de qualquer material através do ponto lacrimal, aí desce o dedo para baixo, deslizando-o sobre a asa do nariz, para causar aumento da pressão hidrostática dentro do saco lacrimal e causar a desobstrução.

Quando houver secreção, infecção ,colírios antibióticos têm a sua indicação.

Quando o problema persistir por mais de 30 a 45 dias , já há em alguns casos a indicação de sondagem das vias lacrimais.

Sempre tentamos ser mais conservadores, temos de ser médicos e pais , para conduzir os casos, sempre em conjunto com as mães.

O que é a Próstata?

A próstata é uma glândula auxiliar do Sistema Genital Masculino.E responsável pelo fornecimento de nutrientes para os espermatozoides. Tem estreita relação anatômica com a bexiga,por isto os sintomas das doenças prostaticas apresentam-se diretamente relacionados com a micção.

Como o Câncer de Próstata aparece?

É mais comum o aparecimento após os 60 anos de idade,mas casos são encontrados ate em indivíduos aos 40 anos.Seu crescimento depende de altos valores de Hormônio Masculino na circulação sangüínea, por isto é importante a prescrição destes hormônios, para tratamento de Impotência, por um especialista, no caso,um urologista.Existem estudos relacionando seu aparecimento com características raciais, genéticas e com doenças venéreas.

E quais são os sintomas?

Na sua grande maioria, os sintomas estão relacionados a obstrução urinaria podendo estar também associada a infeção urinaria.Dentre eles podemos citar:

Dificuldade de iniciar a micção.
Perda da força e do calibre do jato urinário.
Dor ao urinar.
Varias micções noturnas.
Retençao de urina
Dores na coluna, fêmur e bacia.
Sangue na urina(hematúria).
Perda de peso.
É importante frisar, que em alguns casos, é totalmente silencioso.

Como prevenir?

Indo ao Urologista, a partir dos 45 anos de idade, pois o especialista terá como identificar a doença em seu estagio inicial, podendo promover a cura, e tratamento adequado nos estágios posterioresda doença.

Doença de Chagas


O Maior transmissor da doença de chagas no Brasil tem um nome pomposo: Triatoma, mas é vulgarmente conhecido por várias alcunhas, como bicho-de-parede, bicho-de-frade, gaudério, procotó, rondão, chupança e barbeiro.

Uma descrição sucinta do Triatoma diria que é um inseto com perto de 2 centímetros de comprimento, asas achatadas, largas e listradas nas bordas, não muito diferente de uma barata doméstica comum, mas com um ferrão comprido. Ao contrário da barata, porém, é hematófago, ou seja, alimenta-se de sangue. E sua ação devastadora tem causado anualmente milhares de mortes em toda a America Latina, desde o norte do México até o centro do Chile e da Argentina.

Este bicho assassino tem hábitos altamente suspeitos. Durante o dia, esconde-se no madeirame e nas frestas das paredes de barro de casebres e choças de pau-a-pique. De noite, valendo-se da escuridão, sai de seu esconderijo e vai picar os moradores que se encontram dormindo. O pior de tudo é que, além de chupar o sangue das pessoas, defeca, também, ao mesmo tempo. E é pelas fezes que transmite a doença de Chagas.

O nome científico da doença de Chagas é Tripanossomíase americana ou brasileira, porque seu causador é um micróbio chamado Trypanosoma cruzi. Este germe vive naturalmente no sangue de alguns animais (principalmente no cão, no gato e nos roedores em geral). Ao sugar o sangue de um desses animais infectados, o "barbeiro" contamina-se com o micróbio e aloja-o em seu intestino. Mais tarde, ao picar uma pessoa e defecar junto à picada ele passa o germe para o homem. A doença de Chagas, portanto, raramente é transmitida de modo direto de pessoa para pessoa, ou de qualquer animal para um ser humano - quase sempre é preciso que exista um "barbeiro" que sirva de agente intermediário.

Diagnóstico e Prevenção

Os principais meios para o diagnóstico da doença de Chagas em sua forma aguda é o exame microscópico de uma gôta de sangue do paciente, para a eventual identificação do Trypanosoma, ou a biopsia de um gânglio linfático. Na forma crônica, porém, os parasitos tornam-se raros na correte sangüínea e, então, o diagnóstico deve basear-se em método indireto: verifica-se se o organismo está produzindo anticorpos contra o Trypanosoma cruzi. Para isso faz-se uma prova imunológica com o soro sangüíneo do doente, denominada "reação de fixação do complemento para a doença de Chagas" ou "reação de Guerreiro e Machado", ou de "Machado Guerreiro" como é mais comumente conhecida.

Até agora a doença de Chagas não tem cura científicamente reconhecida. Enquanto os pesquisadores não descobrem um remédio eficaz, o combate à doença tem que se limitar à sua prevenção. E até agora o método profilático mais prático tem sido o combate sistemático ao "barbeiro". Para isso, equipes especializadas percorrem as regiões infestadas, visitando o maior número possível de casas de barro e pau-a-pique, tratando-as com doses maciças de inseticida. Evidentemente, a doença de Chagas é, além da moléstia terrível, consequência da miséria social, porque ataca sobretudo as camadas mais desamparadas da população, aquelas que por sua pobreza são obrigados a viver em choças, em condições subhumanas.

Mas nem tudo deve ser encarado com pessimismo. O alarma contra a doença de Chagas já encontrou eco em todas as partes do mundo. Novos medicamentos acham-se em observação; alguns com resultados mais positivos na forma agudada moléstia.

domingo, 8 de junho de 2008

O Exame da Mama


O câncer de mama tem sido bastante visado pelos vários tipos de mídia e, a cada dia, o público em geral torna-se mais consciente das dramáticas dimensões deste problema. Entretanto, estar consciente implica em não somente saber da existência, mas em adquirir hábitos que reflitam na prática as informações apreendidas.

Como proceder então para prevenir ou detectar precocemente alterações potencialmente graves na mama? Este breve artigo pretende esclarecer alguns aspectos importantes relacionados ao exame clínico da mama e aos principais exames complementares.

Examinando as mamas

O auto-exame é a peça-chave. Consiste na palpação circular, metódica e sequencial de todos os quadrantes e do complexo areólo-papilar, utilizando a polpa dos dedos. O objetivo é detectar nódulos, massas, depressões, retrações e aderências.

Preferencialmente, o exame deve ser realizado entre o sétimo e o décimo dia do ciclo menstrual. Na presença de qualquer alteração, procure seu médico.

O exame clínico do médico consistirá em 4 passos: inspeção estática (o médico simplesmente observa a mama em repouso em algumas posições), inspeção dinâmica (a paciente realiza alguns movimentos enquanto o médico procura detectar visualmente alterações como nódulos ou retrações), palpação (como no auto-exame) e expressão (a mama é “ordenhada”; fluxos mamilares claros ou hemorrágicos sugerem a possibilidade de câncer e a necessidade de realizar exames adicionais).

Nem todo fluxo mamilar significa câncer – doenças benignas, como o Papiloma Intraductal, podem produzir fluxos hemorrágicos. A avaliação médica é imprescindível em todos os casos.

Exames complementares

Nos casos suspeitos ou naqueles com antecedentes pessoais/familiares de doenças graves da mama, o médico solicitará alguns exames para auxiliar no diagnóstico. Os principais são: tomografia, ultrassonografia, punção aspirativa com agulha para citologia, biópsia e mamografia.

A mamografia é de longe o exame complementar mais popular. É indicada para rastreamento e nos casos suspeitos de câncer, nas pacientes com mamas hipertróficas, para controle da mama oposta nos casos confirmados de lesões malignas, no planejamento e controle do tratamento conservador e para auxiliar a biópsia dirigida. O rastreamento mamográfico deve ser realizado nas mulheres com mais de 35 anos de idade com fatores de risco, a cada 2 anos nas mulheres entre 40-49 anos de idade e anualmente a partir dos 50 anos de idade.

Massas com bordos bem delimitados e regulares, calcificações uniformemente dispersas, grosseiras, lineares ou “em anel” sugerem alterações benignas na mamografia. Os aspectos que sugerem malignidade no exame podem ser divididos em Sinais Primários, Secundários e Indiretos. Os sinais primários consistem em massas com bordos irregulares, espiculadas, com calcificações numerosas, agrupadas e com diferentes formatos. Os principais sinais secundários são retração e espessamento da pele (pele tipo “casca de laranja”).

Cistos mamários são relativamente comuns e, caso sejam detectados, o médico pode solicitar ou realizar uma biópsia. As principais indicações para retirada de cistos mamários são: aspiração de líquido hemorrágico após punção, presença de células atípicas no exame do líquido aspirado, aspiração de mais de 50 mL de líquido, cistos que recidivam até 30 dias após a aspiração ou presença de tumoração residual no local após o esvaziamento.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

ESTRESSE: Conheça este inimigo.

Dr. Antônio Carlos Barretos e Dra. Rebeca Santos

Dentre as várias definições, o estresse pode ser considerado uma reação física a determinadas questões da vida capazes de alterar o equilíbrio interno do indivíduo. Está ligado a quatro sistemas do organismo humano, o esqueléticomuscular, o imunológico, o gastrointestinal e o cardiovascular. A reação física pode ser determinada pelo cansaço (físico e psicológico), gripe, gastrite, dores no peito, palpitações, e outras manifestações clínicas.

De acordo com o cardiologista Dr. Antônio Carlos Pereira Barretos, o principal fator que provoca o estresse é a sobrecarga no trabalho (acúmulo de tarefas), e a falta de organização e capacidade de distribuir as tarefas e funções. Os problemas considerados sem solução que as pessoas têm no dia-a-dia, também levam ao estresse. "O ideal é quebrar a rotina fazendo outras atividades ou exercícios físicos nas horas de lazer", aconselha o Dr. Barretos. Além do lazer, o Dr. Barretos fala que uma alimentação balanceada, rica em carboidrato e proteína, e pobre em gordura ajuda a prevenir o estresse. A gordura também pode causar outros malefícios para nosso organismo, principalmente para quem não pratica nenhuma atividade física. Doce deve ser evitado, só ingerido de vez em quando. O fast-food e as frituras devem ser substituídos por pratos leves, como frango acompanhado de salada, por exemplo.

Agitação, insônia, descontentamento com as questões do dia-a-dia, péssimo desempenho no trabalho e dificuldade para resolver simples problemas podem ser sintomas de um estressado. Segundo o Dr. Barretos, o especialista sempre ajuda, pois o psicólogo e o psiquiatra levam as pessoas a encontrar um caminho para a resolução de problemas. Mas vale lembrar que, para evitar uma consulta a um especialista, tentar se organizar identificando e resolvendo os problemas por etapas é outra saída.

Entretanto, é necessário explicar a questão do estresse visto como uma doença. O Dr. Barretos afirma que só é caso de doença se o estresse estiver somado a outros fatores de risco, como cigarro, sedentarismo ou má alimentação, podendo então provocar distúrbios cardiológicos. Além disso, como já foi citado, pode causar manifestações clínicas, como gastrite (devido à falta de apetite), dores no peito, palpitação (provocada pela descarga de adrenalina), e outras.

A estatística do estresse no Brasil é uma questão complicada, por não haver dados precisos. Sabe-se que o perfil que ainda lidera é o homem executivo, mas com o aumento de mulheres no mercado de trabalho, cresceu também o número de mulheres que sofrem do mal.

Todo tratamento, incluindo a duração e exercícios recomendados, varia de acordo com cada caso e com o nível de estresse apresentado pelo indivíduo. Segundo a Dra. Rebeca, há grande discussão sobre os exercícios ideais. Para ela, as atividades aeróbicas - caminhada, corrida, natação e bicicleta são mais eficazes. Mas há também um acompanhamento terapêutico, com técnicas de relaxamento, respiração, yoga, meditação, dança, e outras. "A atividade indicada depende das condições de cada paciente. Existem pessoas que conseguem se desligar mais facilmente dos problemas do que outras", fala a psicóloga.

Além do tratamento terapêutico, há a psicoterapia na qual agem em parceria o médico e o psicólogo, para os casos mais complexos. O uso de medicamentos deve ser sempre indicado por um especialista e também varia de acordo com cada caso, podendo ser tranqüilizantes, anti-depressivos, etc. "O tratamento para o estresse visa equilibrar relaxamento e preocupação. Os sintomas podem voltar dependendo das questões do dia-a-dia do indivíduo. Para isto, há uma reorientação", explica a Dra. Rebeca.

Prevenir o estresse não tem nenhum segredo, basta que se tenha uma boa qualidade de vida social, sabendo conciliar a tensão da rotina de trabalho, as horas de lazer e as atividades físicas.


Dr. Antônio Carlos Pereira Barretos é cardiologista e dirige a Unidade Clínica de Prevenção Cardiológica.
Dra. Rebeca Santos é a psicóloga responsável pela Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiológica do Exercício Condicionado. Ambos são especialistas do Instituto do Coração (InCor-SP).

O mau hálito tem cura?

Dr. Penteado

Mais de mil alunos já se formaram sob a orientação do médico e de sua equipe. Professor Penteado também tem um programa no canal CNT e nas emissoras de rádio Globo, Tupi e Manchete. Nesta entrevista ao saude.com.br, o especialista fala sobre o mau hálito, um problema social que aflige milhares de pessoas e ainda é considerado pela população um grande tabu.

De acordo com Dr. Penteado, quem tem mau hálito sofre de halitose. Ele explica que as causas desta doença podem ser digestivas ou não, e existem dois tipos: a real e a irreal ou psicogênica. A halitose real vem de causas orgânicas como as digestivas, bucais, pulmonares ou da rinite, faringite e sinusite. No caso da irreal ou psicogênica as causas são imaginárias. "O paciente acha que tem mau hálito devido aos comentários que ouviu de outras pessoas. Um exemplo típico é quando uma esposa ciumenta fala para o marido que ele tem mau hálito com o intuito de afastá-lo de outras mulheres e o indivíduo acaba acreditando. A halitose traz um problema de convívio social e até separações de casais", declara Dr. Penteado.

Segundo o médico, a língua é a grande vilã do mau hálito. Ele afirma que o correto é tratá-la como higiene e não como profilaxia da halitose. O especialista fala ainda sobre a dificuldade das pessoas em comentar o assunto: "Geralmente o marido não diz para mulher que ela tem mau hálito e vice-versa. Tudo acaba se complicando porque fica cada vez mais difícil descobrirmos se temos ou não mau hálito. Nosso olfato é bem primitivo e nos acostumamos com o cheiro. Às vezes, as crianças, por serem mais sinceras, dizem a verdade e só assim percebemos e procuramos algum auxílio".

Para diagnosticar melhor a halitose o especialista indica um exame realizado com o aparelho Hallimeter . Segundo o médico, é possível descobrir se a pessoa tem mau hálito ou não, e também quantificá-lo. Dr. Penteado afirma que no Brasil existem apenas 5 aparelhos como este, sendo que dois estão em sua clínica. O tratamento completo da halitose inclui o exame e consultas com dentista, nutricionista, otorrinolaringologista, clínico geral e psicólogo.

O Dr. Penteado explica que após o paciente passar pelo exame e pelas consultas com os especialistas, é feito um relatório onde se indica o tratamento adequado para cada caso. De acordo com o médico, o percentual de cura é muito grande e novas tecnologias já estão chegando para atender o pequeno número de pacientes que não conseguem um resultado satisfatório durante o tratamento. Dr. Penteado diz que o grande obstáculo é o financeiro, porque nenhum convênio cobre o tratamento da halitose e muitas pessoas não podem pagar por um serviço especializado.


Dr. José Figueiredo Penteado é um dos mais renomados gastroenterologista do Brasil. Atua no Rio de Janeiro como Diretor Técnico da Rio Gastro Clínica, onde além de dar consultas, ministra um curso de pós-graduação com especialização em gastroenterologia, patrocinado pelo Instituto Carlos Chagas.